Segunda-feira, Agosto 4, 2025

Apple ainda pode vencer a corrida da IA? Por acaso pode!

A Apple chegou tarde à revolução da inteligência artificial, isto não é novidade para ninguém, nem para a própria empresa da maçã. Mas os problemas não começaram na IA em si, já existiam sinais antes do início da corrida.

A Siri, que em tempos parecia estar anos à frente da concorrência, acabou por ficar para trás enquanto Google, Amazon, Microsoft e até startups como a OpenAI avançaram a toda a velocidade.

Porém, apesar das críticas, dos atrasos e até da fuga de talento para outras empresas, Tim Cook continua confiante: a corrida da IA ainda não acabou. Ou seja, a Apple ainda pode ganhá-la.

O que é… Verdade!

iPhone, 16 Pro Max

A IA já começa a fazer “estragos”, mas ainda não está perto de ser mainstream. Basta olhar para as muitas funcionalidades baseadas em IA que as fabricantes de tecnologia anunciam e depois ninguém usa.

A Apple ainda pode fazer algo muito curioso, e por isso mesmo, numa reunião interna com funcionários, o CEO da Apple reforçou aquilo que tem sido a sua posição habitual. A marca não precisa de ser a primeira, mas sim a melhor.

“Havia PCs antes do Mac. Havia smartphones antes do iPhone. Tablets antes do iPad. MP3 players antes do iPod. Mas foi a Apple que reinventou todos esses produtos”, afirmou Tim Cook. “É assim que vejo a IA.”

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Cook assume que a IA vai ser tão importante como a chegada da internet

Segundo o próprio, a IA será um dos pilares tecnológicos da era moderna.

Assim, apesar de reconhecer os erros, nomeadamente os repetidos atrasos no desenvolvimento da nova Siri e da plataforma Apple Intelligence, Cook promete investimentos agressivos para recuperar o tempo perdido.

Inclusive, a Apple poderá estar a considerar a aquisição da Perplexity AI, um motor de busca com IA que rivaliza com o ChatGPT em funcionalidades. Isto apesar de ser mas mais focado em respostas curtas e diretas. O problema? Está avaliada em 18 mil milhões de dólares, e a Apple tem por hábito evitar aquisições tão caras (o recorde ainda é a Beats, comprada por 3 mil milhões).

Os erros?

Para complicar, a obsessão com a privacidade também atrasou decisões mais arrojadas, como as que permitiram à concorrência avançar mais depressa.

Fuga de cérebros para a concorrência?

Como se não bastasse, a Apple continua a perder talento de topo para empresas como a Meta, que estão a oferecer pacotes milionários (alguns superiores a 200 milhões de dólares) para atrair engenheiros especializados em IA.

Um dos casos mais recentes é o de Ruoming Pang, peça-chave nos modelos fundacionais da Apple Intelligence, que trocou Cupertino por Menlo Park. Pior que isso, levou parte da equipa com ele.

Este tipo de perdas não só atrasa projetos como torna a Apple menos atrativa para novos talentos, algo que pode comprometer seriamente a sua capacidade de inovar neste campo.

A Apple não pode jogar com as mesmas cartas do antigamente!

Ao contrário do que aconteceu com o iPod ou o iPhone, desta vez a Apple não pode confiar no hardware para se destacar. O desafio é outro: liderar numa área onde o que conta são os algoritmos, a capacidade de escalar modelos e a rapidez com que se entrega software útil.

Isso exige não só dinheiro, mas visão, risco e talento.

Mas… Dinheiro pode facilitar a visão, a percepção de risco e pode chamar talento. A Apple vai ter de apostar forte e feio, mas ainda vai a tempo.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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