O sonho de muito boa gente é… Ter um Porsche para o dia-a-dia. Mas, nos dias que correm, esta frase pode ter vários significados diferentes! Afinal de contas, a Porsche anda a meter os dedos das suas mãos em vários mercados diferentes.

Por isso, hoje em dia, dizer que tens um Porsche, pode significar que tens um monitor topo de gama em casa. Estranho? Sim, mas real!

Porsche nos monitores?

Quando a AOC anunciou um monitor desenhado pela Porsche, a minha primeira reação foi a mesma que provavelmente terias em casa. Ok, deve ser só marketing. Depois liguei o AGON PD34 à máquina e percebi duas coisas. Primeiro, isto não é só fachada. Segundo, estou perante um dos monitores mais bonitos e mais competentes que já tive na secretária.

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Design que parece saído de Estugarda!

O PD34 chega numa caixa gigante, daquelas que parecem querer intimidar logo à entrada. E percebe-se porquê assim que o tiras da proteção.

A marca Porsche Design está bem visível na moldura e o suporte em metal forma um V inspirado nas curvas dos carros da marca, com espaço até para pousar auscultadores. A traseira também mostra a sua dose de vaidade com iluminação RGB e detalhes que ninguém pediu mas que toda a gente aprecia.

É sólido, premium, pesado q.b., com a sensação de que não vai ceder em lado nenhum. Só tens de ter uma secretária com espaço, porque isto não é daqueles monitores discretos.

Ah, e sim, a curvatura está lá mas é suave. Nada de exageros.

Um OLED que cumpre na fotografia, no vídeo e no gaming! Tudo!

O painel é o que realmente faz o PD34 brilhar.

São 34 polegadas com resolução 3440×1440, brilho que chega aos 1000 nits em HDR e uma precisão de cor que surpreende até quem trabalha em edição de imagem (97.4% Adobe RGB e 99% DCI-P3). É um OLED rápido, vibrante e com profundidade de negros como deve ser.

Dito tudo isto, a curvatura 1800R não estraga nada. Ou seja, sendo mais suave, permite trabalhar sem aquela sensação de que as bordas estão a desfazer a imagem, algo que monitores mais agressivos costumam provocar.

Entretanto, para jogar, 240Hz dão aquela fluidez que se nota logo nos shooters e nos racers. É um monitor diferenciado.

O único drama é o OSD operado por joystick, tão comum até nas gamas mais altas. Mas, não é o fim do mundo. Depois de adaptação, usa-se bem.

As ligações e o lado prático

USB-C, HDMI 2.1, DisplayPort 1.4. Temos tudo.

Temos também o suporte que permite ajuste de altura e inclinação mas não roda para vertical. De facto, ao ser curvo, também não é um monitor pensado para isso.

Em termos de espaço, convém reforçar novamente que o PD34 ocupa território. Tens de ter uma boa secretária. Se não tens, vai parecer que adoptaste um cão de grande porte para um apartamento miniatura no centro de Lisboa.

O fator Porsche é giro, mas custa dinheiro. Muito dinheiro

Aqui é onde a conversa muda de tom. Este é um monitor para andar à volta dos 1000€.  Podes apanhar uma promoção ou outra, especialmente agora que estamos em época de descontos. Mas vais ter de o pagar, e bem.

Dito isto, sim, existem monitores com especificações parecidas por metade do preço. Mas nenhum tem este design, esta presença e este mix tão equilibrado entre gaming e trabalho criativo.

Estás a pagar pela Porsche Design e pela sensação de ter algo que não é apenas mais um monitor ultrawide.

Para quem é realmente este monitor?

O AGON PD34 é para quem quer desempenho e estética num único produto, e não tem problemas em gastar dinheiro.

É um produto incrível para quem trabalha com imagem mas também joga. Apesar de ser um produto premium, não grita gaming RGB. É bem desenho, e passa despercebido aos olhares menos atentos.

Porém, se procuras apenas specs pelo melhor preço, há alternativas. Se queres um monitor que se destaque na secretária sem ser espalhafatoso e que ofereça um painel capaz tanto de edição séria como de sessões de gaming a 240Hz, o PD34 é uma tentação perigosa.

Só falta a chave para o Porsche. Mas ainda não foi desta.