Durante muitos anos, o ritual foi quase sempre o mesmo, compravas ou montavas o teu novo PC e a primeira coisa que fazias era instalar o Avast, o AVG, o Norton ou o McAfee. Era obrigatório! Era normal meter antivírus no computador antes mesmo de abrir o navegador pela primeira vez.
Mas… As coisas mudaram ao longo dos anos, e na ótica de vários utilizadores, o antivírus é hoje em dia (quase) um vírus. As suítes de defesa mudaram muito, e com o acréscimo de funcionalidades, muitas delas pouco úteis, ficaram pesadas, talvez até demasiado pesadas para muitos dos computadores que andam por aí.
Além disso, com o Windows 10, a conversa também mudou um pouco. A Microsoft integrou o Windows Defender (hoje “Microsoft Defender”) e, pela primeira vez, parecia que um antivírus “de raiz” chegava para a maioria dos utilizadores.
Resultado? Milhões de pessoas deixaram de instalar soluções de terceiros e limitaram-se ao Defender + bom senso.
Mas e agora, em pleno 2025?
Defender chega para a (esmagadora) maioria!
A verdade é muito simples. Para o utilizador comum, que usa sites conhecidos, não anda a instalar cracks de jogos nem a clicar em “GANHA UM IPHONE 17 AQUI!”, o Defender continua a ser suficiente.
É leve, vem incluído no Windows (grátis!), atualiza-se automaticamente e protege contra as principais ameaças.
Nos últimos anos até melhorou na proteção contra phishing e ransomware, dois dos maiores riscos do dia a dia. Por isso, se o uso é básico, não vale a pena gastar dinheiro em algo extra.
Quando pode ser pouco
Mas, se há coisa que não mudou, é que a internet não é um lugar seguro.
- Miúdos e idosos: se tens crianças ou familiares que clicam em qualquer link de “Fortnite grátis” ou “veja aqui o prémio”, um antivírus extra pode fazer diferença. Muitos já incluem bloqueadores de sites maliciosos e até controlos parentais.
- Trabalho remoto e dados sensíveis: se lidas com ficheiros de clientes, dados bancários ou documentos confidenciais, uma camada extra de segurança pode evitar dissabores.
- Exploradores: se navegas em fóruns obscuros, torrents ou software duvidoso, talvez o Defender não seja suficiente.
O problema do mercado atual
O que gera dúvidas é o que dissemos em cima, ou seja, que muito antivírus deixou de ser só antivírus!
Hoje quase todos vêm cheios de extras: VPN, gestor de passwords, “otimizador” de sistema, etc… Muitos destes extras não são mais do que peso morto que consome memória, CPU e até recolhe dados que não deviam ser recolhidos.
Marcas como Avast e AVG chegaram a ser acusadas de vender informação de utilizadores. O Norton chegou ao cúmulo de integrar um minerador de criptomoedas no próprio software.
Conclusão: Então, o que fazer?
- Para a maioria dos utilizadores: Defender + bom senso = chega e sobra.
- Para quem quer algo mais, há opções como o Bitdefender ou o Malwarebytes, que continuam a ter boa reputação e não enchem o PC de lixo.
- O essencial continua a ser educação digital: desconfiar de anexos, não clicar em anúncios milagrosos e não instalar “.exe” suspeitos.
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