Caso já não se lembre, The Last of Us Part 2 de 2020 foi um dos maiores sucessos da última geração de consolas, ao impressionar a nível técnico, ao mesmo tempo que também surpreendeu no lado da história, graças à controvérsia relacionada com algumas escolhas que provocaram um curioso reboliço junto de quem mais importa, os fãs da saga.
Esta foi a sequela ao igualmente muito bem sucedido The Last of Us de 2013, um jogo que saiu originalmente para a velhinha PlayStation 3 em 2013, e que um pouco mais tarde, apareceu na PS4 com uma versão remastered. O que claro está, abriu uma janela de oportunidade para a Sony!
Afinal de contas, não faria sentido pegar num dos jogos mais bem amados (e mais bem sucedidos) do ecossistema PlayStation, e elevá-lo a um nível de qualidade similar ao da sua ainda bastante recente sequela? Sim! Justifica a compra? Nop! Nem por sombras!
(Análise) The Last of Us Part 1: É um regresso que faz sentido?
Este remaster/remake é interessante porquê? Porque, vamos ser muito sinceros, grande parte dos jogadores que adquiriram The Last of Us Part 2, nunca jogaram o jogo original.
Além disso, a Sony está a apostar forte e feio no PC, com planos para lançar ambas as partes (1 e 2) nas mais variadas plataformas. Em suma, é uma situação win-win para a velha Sony!
Mas será que a ‘coisa’ mudou assim tanto?
Na verdade, The Last of Us nunca foi um sucesso pela sua qualidade gráfica, ou pela sua jogabilidade inovadora.
O título de 2013 surpreendeu tudo e todos, graças à qualidade da sua narrativa, ou seja, da sua história. Algo incrível, porque a base de todo o projeto passa por… Um mundo pós apocalíptico vítima de um fungo capaz de transformar qualquer pessoa num zombie cheio de fomeca.
De forma muito resumida, as personagens estão bem pensadas, especialmente as principais, e por isso mesmo, o nível de imersão e envolvência neste universo, mesmo com gráficos horríveis (o que não era verdade para a altura), foi sempre de cortar a respiração.
Assim, tendo isso em conta, se nunca jogou The Last of Us, tem logo aqui uma excelente razão para experimentar a ‘nova’ versão. A grande questão é, esta versão é assim tão nova e inovadora? O jogo chega ao nível de Part II? Muito honestamente, não. Além disso, está a sair a um preço ‘parvo’.
Melhorias Visuais!
Assim que começamos o jogo, é óbvio que existem melhorias nos visuais de The Last of Us, mal seria, não é verdade? No entanto, nada de chocante, e na verdade, muito aquém daquilo que estava à espera. Mas… É aqui que talvez seja boa ideia dar uma vista de olhos à versão para a PS3 de 2013, ou até mesmo para a versão de 2014 da PS4. É da noite para o dia!
O Remake é mais bonito, é mais fluido, e apesar de não estar ao nível da mais recente Part 2, eleva o jogo a um outro nível. Especialmente se começarmos a olhar para os rostos das personagens, agora com uma aparência mais foto realística, e com animações muito mais próximas da realidade.
Além disto, também já não é necessário esperar por absolutamente nada, passamos das cinemáticas, para o jogo propriamente dito, sem perder uma única pitada de absolutamente nada.
Quanto ao ambiente em si, a verdade é que está tudo igual, só que mais detalhado, e com mais extras. É possível ver melhores efeitos de luz, melhores texturas, mais ‘coisas’ penduradas na parede ou em cima dos móveis, possibilidade de partir tudo e mais alguma coisa, etc…
Jogo novo = Novas escolhas
Apesar do facto de ter como base um jogo ‘velhinho’, o remake faz com que tenha de fazer algumas escolhas, mais concretamente na parte da resolução e taxa de atualização de frames. O remake é pesado!
Por isso, pode optar por 4K Nativo a 40 FPS, ou então, 4K Dinâmico a 60 FPS. Pessoalmente, fui pela segunda opção, algo que faz sentido, visto que agora temos suporte a VRR na PS5. (A sua TV tem de suportar a tecnologia).
No campo das mudanças tecnológicas, temos ainda suporte a Áudio 3D, que claro está, ajuda novamente no campo da imersão.
Também temos novidades no comando!
Como é óbvio, temos aqui acesso a algumas das novas tecnologias que o DualSense trouxe para cima da mesa. O feedback tátil permite sentir mais o combate, especialmente o corpo-a-corpo, e claro, os gatilhos adaptáveis transformam a forma como disparamos cada bala, ou flecha.
Inimigos mais inteligentes, ou pelo menos, menos burros
2013 foi há muito tempo! Há quase 10 anos, por isso, o estúdio comprometeu-se em melhorar a inteligência artificial dos inimigos, e claro, também dos nossos aliados.
Honestamente, já não jogo The Last of Us há muitos e bons anos, por isso, uma comparação direta seria injusta. Mas fiquei com a sensação que o sistema é muito similar ao utilizado na parte 2, o que é uma boa notícia.
Conclusão
Honestamente, eu não sou contra o remaster ou remake de jogos importantes neste sempre tão complicado mundo dos videojogos. Desde que façam sentido, e claro, cheguem a um preço ‘justo’ ao mercado.
Este The Last of Us Part 1 faz sentido, isso até dou de barato, mas… É imperdoável pedir 79.99€ por um jogo que saiu originalmente em 2013. Sim, existem muitas melhorias. Sim, o jogo merece ser jogado! Mas nunca a 80 paus! O tempo de desenvolvimento e de produção não é comparável, e por isso mesmo, o preço não pode ser exatamente o mesmo ao de um outro qualquer lançamento.
Não existem missões novas, a história é exatamente a mesma, e os gráficos não mudam aquilo que era a essência do jogo, nem são nada do outro mundo.
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