(Análise) Samsung Freestyle (v2): O que vale um mini projetor?

Samsung Freestyle 2023 – Caso não se lembre, tivemos a oportunidade de testar o primeiro Freestyle no ano passado, e na realidade, apesar do preço exagerado, até ficámos bastante surpreendidos com a qualidade que o projetor trazia num pacote tão leve e compacto.

Ainda assim, era inegável que existiam algumas pequenas falhas a melhorar para tornar a coisa bastante mais apelativa para todos. Será que o Freestyle 2 corrigiu o que havia de menos bom? Ou é o mesmo exato produto com um “2” à frente? Vamos tentar perceber.

(Análise) Samsung Freestyle (v2): O que vale um mini projetor?

Hoje em dia, com tanto conteúdo disponível nas plataformas de streaming, e por isso menos vontade de sair de casa para ir ao cinema, existe toda uma nova procura por uma experiência cinemática caseira, mesmo que esta seja low-cost.

Sendo exatamente por isso que a Samsung aproveitou a altura da pandemia para desenvolver e lançar o seu primeiro mini projetor Freestyle, onde foi capaz de conseguir oferecer uma boa qualidade de imagem (FHD), num ecrã com a capacidade de ir até às 100 polegadas, num formato pouco maior que a sua mão.

Não era perfeito, mas foi inegavelmente o princípio de algo muito interessante. Será que o Freestyle melhou de forma significativa? Ou só tornou o primeiro Freestyle mais interessante, visto que já baixou de preço de forma muito significativa ao longo dos últimos 12 meses?

Vamos por partes.

Especificações Técnicas:

  • Cor: Branco
  • Tamanho da projeção: 30” a 100”
  • Resolução e Qualidade de Imagem: 1080p (HDR 10+ // HLG // Melhoria de Contraste, etc…)
  • Brilho Max: 230 lumen
  • Peso: 800g
  • Consumo: 50W (Suporte a bateria removível // Carregador na caixa)
  • Bateria: 3 horas (é um extra)
  • Preço: 749€

Design

Portanto, o formato do projetor é exatamente o mesmo relativamente à versão do ano passado.

Ou seja, temos um cilindro branco com algumas saídas de ar para refrigeração, uma porta mini-HDMI e uma porta USB, além de tudo isto temos ainda um botão físico para ligar ou desligar o microfone.

Existem ainda alguns botões sensíveis ao toque perto do ponto de projeção, mas vamos ser muito honestos… Vai usar esses botões… Nunca!

Visto que o projetor trás um comando exatamente igual ao que podemos encontrar nas TVs Samsung QLED ou OLED (SolarCell), e claro, se não quiser usar o comando, pode utilizar a app SmartThings no seu smartphone para controlar tudo e mais um par de boas.

O projetor é suportado por um apoio circular que permite regular um pouco a posição do projetor e por isso mesmo a forma como projeta a imagem na tela ou na parede.

Não é feio, mas também não é bonito. É um design prático, pensado para ir consigo para qualquer lado, mas que também é capaz de encaixar perfeitamente em qualquer sala ou quarto.

Em suma, o Freestyle existe para contrariar os normais pontos negativos que existem na utilização de um projetor, e como tal, o seu design teve como objetivo máximo a praticabilidade, e não o ficar bem numa qualquer sala de estar clássica ou moderna.

Aliás, se formos mesmo ao objetivo puro do Freestyle, a ideia é andar sempre de um lado para o outro, para fazer sessões de cinema na rua, em casa de amigos, ou ir consigo de férias. Não é de todo para ter um projetor em casa.

Performance

Em termos de performance, o Freestyle Gen2 não é de todo muito diferente daquilo que tivemos a oportunidade de ver na primeira versão. Temos um projetor que é na verdade uma mini-TV Samsung, com o mesmo sistema operativo, e como tal… Muitas das funcionalidades que a Samsung é capaz de oferecer na sua gama mais alta de TVs QLED e OLED.

Isto significa acesso direto a todos os serviços de streaming do mercado, e como é uma “coisa” sem fios, apesar de não fazer grande sentido ligar uma Box de uma qualquer operadora de TV, temos acesso ao serviço gratuito Samsung TV Plus com mais de 250 canais ao vivo, bem como a muitos filmes e séries “on-demand”.

Em termos de qualidade de imagem, o Freestyle 2 é capaz de fazer um incrível trabalho ao fazer upscale de conteúdo abaixo do FHD, ou downscale de conteúdo 4K. Muito honestamente, um qualquer utilizador comum, vai achar que está a olhar para conteúdo 4K, tal é a qualidade de imagem que este pequeno projetor é capaz de oferecer em condições ótimas.

O que são condições ótimas? Bem, luzes apagadas e uma tela de projeção, ou no mínimo… Uma parede lisa.

Quanto mais escuro melhor para ter uma imagem mais fiel e mais brilhante.

De forma muito resumida, o Freestyle oferece muito daquilo que a primeira versão já trazia para cima da mesa, agora com um processamento de imagem um pouco melhorado, e com uma interface um pouco mais rápida e completa.

Vale a pena salientar que o Freestyle parece estar um pouco melhor a identificar superfícies para posteriormente endireitar a “tela” e fugir de objetos mal arrumados, como é o caso da minha mesinha do quarto. Este sistema está mais inteligente e rápido!

A diferença não é gigantesca, e por isso mesmo, a premissa continua a ser a mesma.

Para dar mais força a tudo isto, temos a funcionalidade Smart Edge Blending, que basicamente é significa ser possível juntar 2 projetores Freestyle para criar uma super tela de 160 polegadas. Curiosamente, além da imagem, esta funcionalidade também vai aproveitar as colunas dos dois projetos para fazer uma espécie de efeito surround.

Em suma, o Freestyle não é um substituto de TV. É um complemento, é um extra, é uma brincadeira, que custa algum dinheiro, mas que tenta simular (com sucesso) um ambiente de cinema dentro ou fora de casa.

Conclusão

Não é uma TV, nem é algo que vá utilizar todos os dias e a toda a hora, mas para o que é… É incrível!

É pena o seu preço, mas quando se fala de qualidade Samsung, e de um produto tão complexo, a qualidade tem de ser sempre paga. Se gosta de projetores, e quer ter algo para “brincar”, não há que enganar.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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