Bem caro leitor, estamos de volta com mais um Battlefield, que apesar de ter um “seis” no nome, é na realidade o décimo quarto da saga (no mínimo).
Dito isto, a saga Battlefield não tem tido uns anos muito fáceis, a realidade é que tanto o Battlefield 5 como o 2042 tiveram receções pouco acolhedoras pelos fãs. Isto tanto por motivos de ideologia política, como também pelo estado pouco otimizado em que foram lançados.
Será que vai ser o Battlefield 6 a reunificar os fãs de guerra em grande escala e aproveitar o continuo declínio do seu maior rival, Call of Duty?
Vamos descobrir com esta análise!
História
Numa altura em que as tensões internacionais estão extremamente altas. A DICE conseguiu arranjar uma história que consegue não colocar nenhuma nação propriamente em cheque, ao mesmo tempo que consegue manter a apostas alta e interessante.
A história gira à volta da criação de uma PMC (Private Military Company) chamada Pax Armata que foi crescendo ao ponto de eventualmente assassinar o presidente da NATO. O que claro está, resulta numa declaração de guerra pelo controlo da Europa e, eventualmente, do mundo.
Assim, tomamos controlo de uma equipa de marines elite chamada Dagger 13 que tenta travar o avanço desta PMC e descobrir como um exército privado se tornou poderoso o suficiente para destabilizar uma das alianças mais antiga e importantes entre nações.
Gameplay
Visto que o jogo se passa entre 2027 e 2028, temos um sistema de movimento e de combate minimamente realista, e baseado nos tempos atuais. (O que para mim, que não gosto de FPS competitivos futuristas, é ótimo).
Posto isto, o combate de Battlefield 6 parece mais refinado face aos seus antecessores. O coice das armas é realista e consistente, o movimento consegue ser fluído mas mantendo a ideia que estamos a carregas quilos de equipamento. Ah, pelo menos por enquanto, não nos deparamos com skins de armas brilhantes nem soldados vestidos à pai natal (o que melhora imenso a imersão).
No que toca aos mapas de multiplayer, a conversa é outra!
Espero que seja apenas por ter testado apenas a versão beta, mas os mapas parecem feitos para afunilar os jogadores em certas zonas para concentrar um pouco mais a ação. É giro ao início, mas acaba por comprometer estratégias. Algo que era o ponto alto da saga.
Afinal, isto não é Call of Duty! Os Battlefields sempre foram conhecidos por deixar os seus jogadores decidir e criar as situações de combate onde achassem melhor, fazendo com que cada mapa tivesse inúmeras formas de ser jogado.
Pode ser que na versão final os mapas se tornem mais abertos e que isto tenha sido uma tentativa de “forçar” os jogadores a focarem-se apenas nas mecânicas de combate.
Veículos
Em relação aos veículos, tanto a NATO como a Pax Armata têm o seu próprio arsenal. Desde M1A2 Abrams a F-22A Raptors, temos uma boa variedade de tanques, aviões e helicópteros.
Estes são divertidos e intuitivos de utilizar, porém fiquei com a ideia que os valores de dano de alguns veículos talvez tenham de ser ajustados por parecerem um pouco fracos.
E claro, temos de falar da grande adição ao franchise, o modo Portal.
Este consiste num criador de mapas em que podemos também editar os modos de jogo, o comportamento de NPCs, a dimensão da maioria dos objetos e até a User Interface.
E atenção que as criações não se limitam a situações de combate! É possível, por exemplo, criar percursos de corrida/obstáculos para aviões, completos com anéis pelos quais temos de passar.
É algo que pensei não voltar a ver neste ecossistema moderno de FPS, faz-me lembrar os tempos em que criava mapas para o Delta Force: Black Hawk Down. No fundo, é também uma forma de manter o jogo vivo durante muito mais tempo, pois toda a comunidade pode ajudar a acrescentar conteúdo.
Gráficos e Performance
Posso dizer que graficamente este jogo é realmente bonito.
Entretanto, como seria expectável para um jogo PS5, temos dois modos gráficos disponíveis, Equilibrado e Performance.
Dito isto, na minha opinião, dentro de um FPS competitivo, o mais importante é a fluidez do combate, visto que quanto mais rápidos formos, menos probabilidade temos de virar patos.
A boa notícia é que em qualquer um dos modos, a fidelidade gráfica é excelente. Tanto a texturas das armas, como dos soldados e as próprias paisagens são muito agradáveis à vista (mesmo quando já está tudo arruinado no final de uma partida).
Outro ponto a salientar é que tanto em modo Equilibrado como em modo de Performance, podemos contar com um framerate estável e acima do que seria de esperar, especialmente em modo Equilibrado (talvez o motivo pelo qual não se chama Qualidade como é normal noutros jogos).
Conclusão
Pelo que consegui avaliar nesta beta, Battlefield 6 parece resolver grande parte dos problemas com que esta série se estava a deparar.
Com combate mais realista, gráficos apelativos, uma boa performance e otimização. Parece-me uma boa altura para regressar a este franchise ou para entrar pela primeira vez se gosta de jogos de guerra em grande escala.
Tenha apenas em atenção a questão do afunilamento nos mapas, se for importante para si, talvez espere para ver como são na versão final. No que toca às questões das cosméticas e skins, lembre-se que não temos nada na versão que nos chegou para teste.
Porém, isso não quer dizer que não possam ser introduzidas mais tarde (não se esqueçam que estamos a lidar com a EA).
Ainda assim, especialmente com todas as oportunidades que o modo Portal pode trazer. Temos em mãos o que parece ser um muito um bom FPS e com mais longevidade que o habitual.
Precisamos dos nossos leitores. Segue a Leak no Google Notícias e no MSN Portugal. Temos uma nova comunidade no WhatsApp à tua espera. Podes também receber as notícias do teu e-mail. Carrega aqui para te registares É grátis!