AMD luta no futuro dos processadores. Qual é o caminho?

Na IFA em Berlim, a AMD aproveitou para responder a uma questão que anda sempre a pairar na indústria dos chips desde que a Apple lançou o seu primeiro MacBook baseado num SoC próprio (M1).

Será que o futuro é 100% Arm, ou o x86 ainda tem mais para dar? A resposta foi muito interessante. Isto porque, para a AMD, os processadores x86 já não são os “gulosos” de energia de outros tempos. Por isso, hoje conseguem competir em autonomia e eficiência com qualquer outra alternativa.

Mais concretamente, a AMD não acredita que seja boa ideia mudar completamente a estratégia, quando há potencial para aproveitar. (Porém, a AMD também anda a desenvolver soluções ARM. Tem cavalos nas duas corridas. Tem é MUITOS mais cavalos no lado x86 da coisa).

x86 não ficou para trás!

Segundo a AMD, a ideia de que x86 é sinónimo de consumo elevado está desatualizada. É algo que já não faz grande sentido. As arquiteturas modernas, como os Ryzen mais recentes e até os próximos Intel Lunar Lake, já conseguem entregar não só autonomia comparável como também desempenho consistente, sem abdicar da compatibilidade total com décadas de software.

Ou seja, a empresa insiste que a eficiência não vem apenas da instrução que o processador utiliza, mas sim de todo o sistema: integração gráfica, memória, design do chip e otimizações de plataforma.

É esse equilíbrio que, na visão da AMD, permite aos portáteis atuais com x86 oferecerem experiências completas sem ficarem atrás das máquinas baseadas em Arm.

O fantasma do Arm?

Claro que o tema não aparece por acaso. A Qualcomm já anda a empurrar forte com a linha Snapdragon X, a Nvidia também se prepara para entrar no jogo, e muitos analistas falam de uma revolução Arm no mundo dos PCs. Mas a AMD lembra que, em termos de volume e presença real no mercado, x86 continua a ser esmagadoramente dominante.

O futuro? Ainda é desconhecido.

O que fica claro é que o confronto x86 vs Arm vai marcar os próximos anos, especialmente no segmento dos portáteis. Onde é claro, a eficiência energética tem uma outra importância.

A AMD e Intel têm sorte, porque as soluções ARM Windows ainda são muito verdes, como é o caso dos SoC da Qualcomm, que são bons, mas trazem limitações e preços demasiado altos para conquistar quota de mercado a sério. Já no lado da Apple, não há volta a dar, o ARM domina sem dó nem piedade.

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A ferver

Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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