Caminhar na rua parece a coisa mais natural do mundo, mas para um assaltante experiente, a forma como andas diz tudo. Será que tens escrito na testa “assalta-me, sou fácil”? Os carteiristas e assaltantes de rua (especialmente nas grandes cidades como Lisboa e Porto) são predadores de oportunidade. Eles não querem confronto, querem facilidade. Eles observam a multidão e escolhem a vítima que oferece menor risco e maior recompensa. Entretanto se fazes uma destas 5 coisas enquanto caminhas, estás a destacar-te da multidão pelas piores razões. Assim cuidado com estes sinais que te tornam um alvo.
1. A “Caminhada Zombie” (O Efeito Smartphone)
É o erro número 1. Caminhar a olhar para baixo, fixado no ecrã do telemóvel a fazer scroll ou a responder a mensagens.
O sinal que dás: “Estou completamente alheado do mundo e tenho um aparelho de 1000€ desprotegido na mão.”
O risco: É o cenário perfeito para o assalto por esticão (muitas vezes de mota ou bicicleta). Quando deres conta, o telemóvel já vai longe e tu nem viste a cara de quem o levou.
A regra: Se tens de responder, encosta as costas a uma parede ou entra numa loja. Na rua, olhos no horizonte.

2. A “Bolha de Silêncio” (Cancelamento de Ruído)
Adoramos os nossos headphones com cancelamento de ruído (ANC), mas na rua eles são o teu pior inimigo.
O sinal que dás: “Não oiço nada do que se passa atrás de mim.”
A tática do ladrão: Assim muitos assaltantes testam a vítima aproximando-se por trás. Se não reage aos passos, é o alvo ideal. Sem audição, perdes o teu “radar” de perigo.
A regra: Usa apenas um fone ou ativa o “Modo Transparência” quando andas na rua.
3. O “Bolso Traseiro” (A Montra de Loja)
Colocar o telemóvel (especialmente os grandes, como os iPhone Pro Max ou Galaxy Ultra) no bolso de trás das calças.

O sinal que dás: “Podes tirar isto sem eu sentir.”
O risco: Num transporte público cheio ou numa fila, um carteirista tira o telemóvel do bolso de trás com dois dedos, sem qualquer fricção. Entretanto muitas vezes, o telemóvel fica com metade de fora, a gritar “leva-me”.
A regra: Bolsos da frente, sempre. E de preferência, com a mão por cima se estiveres no meio de muita gente.
4. A “Incerteza do Turista”
Parar no meio do passeio, olhar para o ar, rodar sobre ti mesmo a tentar perceber onde fica a rua X, ou andar com o Google Maps aberto à frente da cara.
O sinal que dás: “Estou perdido, confuso e vulnerável.”
O risco: Quem está desorientado não está atento à carteira. Assim és um alvo fácil para esquemas de “ajuda” que acabam em furto.
A regra: Estuda o trajeto antes de sair. Se precisares de ver o mapa, entra num café. Caminha com propósito, mesmo que estejas a fingir que sabes para onde vais.
5. As Mãos Ocupadas (Sem Defesa)
Caminhar carregado de sacos de compras, com um copo de café numa mão e o telemóvel na outra.
O sinal que dás: “Não tenho mãos livres para me defender ou agarrar os meus pertences.”
O risco: Se alguém te puxar a mala ou o telemóvel, o teu reflexo vai ser tentar não deixar cair o café ou os sacos. Esses segundos de hesitação são tudo o que o ladrão precisa.
A regra: Entretanto, mantém, pelo menos, uma mão livre.

O ladrão procura a vítima distraída. Assim a melhor “arma” de segurança que tens é o contacto visual. Se caminhares de cabeça erguida e olhares nos olhos de quem passa por ti, o ladrão percebe: “este aqui está atento, vou escolher outro”.

