Os novos AirPods Pro 3 chegaram com pompa e circunstância. Melhor cancelamento de ruído, melhor qualidade de som, integração ainda mais profunda com o ecossistema Apple e até um sensor de batimentos cardíacos embutido.
Mas no meio de tudo isto, há um detalhe que continua a manchar o produto. Sim, continua, porque não é novidade. São impossíveis de reparar.
Quando por alguma razão deixam de funcionar, são lixo eletrónico.
Uma autêntica “caixa selada”!
Segundo o teardown da iFixit, abrir os AirPods Pro 3 continua a ser um pesadelo.
É preciso aquecer intensamente o exterior para soltar a cola que prende a estrutura, e mesmo assim o processo deixa marcas visíveis no material. Entretanto, lá dentro, o cenário não melhora! Cabos flexíveis extremamente finos e colados tornam praticamente impossível chegar ao novo chip H2 ou aos microfones sem destruir tudo à volta.
A bateria de 0.221 Wh tem conector destacável, mas está colada ao ponto de tornar a substituição impraticável. O mesmo acontece com a caixa de carregamento, que apesar de alguns ajustes internos continua a ser quase impossível de abrir sem causar danos irreversíveis.
A nota foi… Zero!
Resultado? A iFixit deu nota zero na reparabilidade.
Ou seja, apesar de ser tecnicamente possível remover a bateria, o processo é tão destrutivo que deixa o consumidor sem alternativa viável. Se um dos earbuds falhar ou a bateria perder capacidade, a solução passa quase sempre pela compra de um novo par.
A Apple até tem vindo a melhorar neste aspeto. Mas AirPods? É para esquecer.
Isto contrasta com os esforços da Apple noutros produtos. Hoje em dia, iPhones, iPads e Macs já contam com peças de substituição oficiais e guias de reparação DIY. Mas no caso dos AirPods, a Apple mantém-nos como gadgets descartáveis, mesmo que sejam vendidos como premium e por isso custem uma pequena fortuna.
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