Os AirPods dominaram o mercado de auscultadores sem fios durante anos, de facto ainda dominam na grande maioria do globo. Mas… a realidade na China já é bem diferente! Novos dados mostram que 60% das vendas no país vão para modelos abaixo dos 70 dólares, uma faixa de preço onde a Apple simplesmente não consegue (ou não quer) competir.
O peso do preço começa a ser pesado para a Apple! Para quando algo similar cá?
As marcas podem lançar produtos premium, e aumentar o seu preço todos os anos… Se existir quem compre esses produtos.
Na China isso já não funciona assim. A concorrência é cada vez maior, e seja pelos preços, ou pela mensagem política, a realidade é que comprar Apple já não é o que era antigamente.
Aliás, na China, a maioria dos consumidores compra auscultadores como complemento do smartphone, e o orçamento é apertado. Isso abre espaço para marcas locais inundarem o mercado com alternativas muito mais baratas.
Enquanto isso, a Apple continua presa ao segmento premium, sem margem para lançar modelos “low-cost” sem desvalorizar a própria imagem.
Onde ainda há espaço para a Apple?
Apesar da queda, ainda existe procura na faixa entre os 140 e os 210 dólares, que representa 27% do mercado chinês. É aqui que os AirPods conseguem manter relevância, especialmente com modelos como os Pro. Mas acima dos 210 dólares a fatia cai para apenas 4%, mostrando que o consumidor médio chinês não está disposto a gastar tanto em auriculares.
O limite está nos AirPods 4
Os AirPods 4, vendidos a cerca de 100 dólares, são a proposta mais acessível da Apple, mas chegam sem cancelamento ativo de ruído e sem pontas de silicone. Ficam claramente atrás da concorrência em funcionalidades, mas mesmo assim custam mais do que a maioria está disposta a pagar.
O futuro dos AirPods na China? Negro!
A Apple não pode entrar na guerra dos preços sem trair a sua própria estratégia. A única forma de manter os AirPods apelativos é reforçar o lado premium, trazendo mais funcionalidades avançadas. A próxima jogada já está marcada: os AirPods Pro 3, que devem ser apresentados no próximo mês.
Mas mesmo com mais inovação, o mercado chinês continua a mostrar que preço é o fator decisivo. Além disso, a Apple tem tido dificuldade em inovar, ou até em se diferenciar. Por isso… A coisa está mesmo negra.
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