Acontece a todos: espetar uma farpa ou um espinho no dedo e, na pressa de resolver, lá vamos buscar uma agulha. Uns preferem queimar a ponta com o isqueiro, outros mergulham-na em álcool. Mas afinal, qual destes métodos é mais eficaz e seguro para não arriscar uma infeção quando resolvemos utilizar a agulha no dedo?
O método do isqueiro
É o mais comum. Basta aquecer a agulha até ficar incandescente.
Vantagem: o calor destrói rapidamente muitos microrganismos.
Desvantagem: a ponta da agulha fica coberta de fuligem (carbono) e, se não for limpa, essa sujidade pode ir parar diretamente à ferida. Além disso, o aquecimento pode não ser uniforme, deixando algumas bactérias vivas.
Em resumo: reduz bastante o risco, mas não garante esterilização total.
O método do álcool
Outro clássico é mergulhar a agulha em álcool, de preferência a 70%.
Vantagem: o álcool penetra nas membranas das bactérias e destrói a maioria dos microrganismos. Também remove resíduos visíveis, sem deixar a agulha suja.
Desvantagem: não elimina todos os esporos bacterianos e precisa de tempo de contacto (30 segundos a 1 minuto) para ser realmente eficaz.
Bom como desinfetante rápido, mas não chega a ser esterilizante.
Então… qual é o melhor?
A resposta pode surpreender: os dois em conjunto.
Primeiro queimas a agulha até ficar incandescente, para garantir que o calor mata quase tudo.
Depois mergulhas em álcool 70%, para limpar fuligem e reforçar a desinfeção.
Assim consegues um nível de segurança muito superior ao usar apenas um dos métodos isolados.
Mas atenção!
Mesmo com estes cuidados, usar uma agulha nunca é totalmente isento de risco. Se a farpa ou espinho estiver muito fundo, se houver sinais de infeção (vermelhidão, pus, dor intensa) ou se não conseguires remover o corpo estranho, o melhor é procurar ajuda médica.
Além disso, em muitos casos, o próprio corpo expulsa naturalmente pequenas lascas ao longo de alguns dias.
Assim o truque mais seguro para aquela agulha improvisada é simples: isqueiro + álcool. Um mata microrganismos pelo calor, o outro limpa e reforça a desinfeção. Não é um método perfeito, mas é o mais eficaz que podes usar em casa.
Às vezes, a ciência confirma aquilo que muitos já faziam por instinto.
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