A RAM do futuro vai ter ventoinhas próprias. Sim, leste bem!

Se achavas que já tinhas visto tudo no mundo do hardware, prepara-te. Depois de placas gráficas com três e quatro ventoinhas, SSD com dissipadores ativos e caixas que parecem turbinas de aviões a levantar voo, chegou a vez da memória RAM entrar na festa do arrefecimento ativo.

Dito isto, não é com uma ventoinha tímida. Estamos a falar de três.

DDR5 cada vez mais quente e cada vez mais cara!

Isto não é novidade, porque já vimos kits de memória RAM com cooling ativo. Mas, desta vez, vai para um nível completamente diferente.

A ideia vem da Origin Code, que acabou de anunciar os novos módulos Vortex DDR5. A grande novidade é simples de explicar e fácil de estranhar. Cada kit pode receber um módulo destacável com três pequenas ventoinhas dedicadas apenas a arrefecer a RAM.

Isto diz muito sobre o estado atual do mercado.

A DDR5 já não é apenas rápida. É exigente! Ou seja, aquece mais e anda com preços que fazem qualquer entusiasta suar antes mesmo de ligar o PC. Assim, com a memória cada vez mais pressionada pela procura dos data centers e da inteligência artificial, os fabricantes começam a apostar em diferenciação extrema.

Mesmo que isso signifique meter ventoinhas em tudo o que mexe.

Três ventoinhas para arrefecer memória

Segundo a Origin Code, o sistema Vortex consegue melhorar o arrefecimento da RAM em quase 40% face a soluções passivas tradicionais. O módulo de ventoinhas encaixa no topo dos sticks e, ao que tudo indica, usa um sistema magnético para se manter no sítio.

É uma abordagem curiosa, especialmente quando muitos utilizadores já apontam ventoinhas de 120 mm diretamente para a zona da RAM ou dependem do airflow geral da caixa.

Mas aqui a proposta é outra. Arrefecimento dedicado, localizado e pensado para cargas pesadas, overclock agressivo e sistemas que passam horas a puxar pela memória.

Configurações absurdas para quem precisa… ou quer

Como seria de esperar, isto não é memória para o utilizador comum.

A Origin Code vai disponibilizar kits que começam nos 32 GB, passam por 48 GB e 96 GB, e escalam até valores que já entram no território dos workstations a sério. Estamos a falar de kits de 192 GB e até 256 GB, usando quatro módulos de 64 GB.

É o tipo de coisa que faz sentido em máquinas de criação de conteúdo, servidores pessoais ou sistemas pensados para cargas muito específicas.

Para jogos? Overkill total.

O preço é o elefante na sala

A marca ainda não revelou preços, mas sejamos realistas. A RAM já está cara. Muito cara. Meter três ventoinhas em cima de cada kit não vai tornar isto mais acessível.

Isto é um kit pensado para entusiastas, onde o dinheiro não costuma ser um problema.

Ou seja, este tipo de produto existe para quem quer o máximo, independentemente do custo. E também serve como sinal claro do caminho que o hardware está a seguir. Mais calor, mais consumo, mais complexidade.

CES 2026 vai mostrar até onde isto pode ir

A Origin Code vai mostrar estes módulos Vortex DDR5 ao vivo na CES 2026. Aí deverão surgir números mais concretos, preços e talvez alguma explicação mais detalhada sobre ruído, fiabilidade e compatibilidade com caixas e dissipadores de CPU.

Mas a mensagem já ficou clara.

A memória RAM deixou de ser um componente simples. É caro, é importante, e vai mudar.

Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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