Claro que não! (Duh!)
Dito isto, se cresceste nas décadas de 70 ou 80, ou tens pais ou irmãos desta geração, há uma boa hipótese de já teres ouvido falar da icónica Farinha Amparo. Não, não era apenas mais uma farinha no supermercado.
Estamos a falar de um nome que ainda hoje se ouve nas ruas Portugueses, ao conseguir tornar-se extremamente conhecida, curiosamente pelas expressões que originou e pelos brindes que escondia, em vez do seu sabor ou utilidade real.
A Farinha Amparo dava mesmo cartas de condução?
Portanto, de forma muito resumida, e de facto tal e qual como o bolo-rei, ou a caixa dos cereais de antigamente, a Farinha Amparo trazia sempre uma surpresa dentro da caixa.
Podia ser um jogador ou cartão de futebol, um índio ou cowboy, um cão, um urso… havia de tudo. Dizem até que ainda hoje se encontram alguns destes brindes à venda no OLX.
Foi exatamente por isso, pelo facto desta icónica farinha oferecer de tudo um pouco, que nasceu a expressão “saiu-te a carta de condução na Farinha Amparo”. Claro que isto nunca aconteceu. Foi apenas o “tuga” a fazer das suas na maior das brincadeiras.
Outra expressão que ficou foi “trigo limpo, Farinha Amparo”, que terá surgido num anúncio de rádio. A lógica era simples: se a farinha era feita de trigo e trazia sempre um brinde, era “trigo limpo”. Confesso que a explicação é um pouco menos entusiasmante do que o nome sugere, mas marketing da época tinha o seu próprio ritmo.
A verdade é que, mesmo para quem nunca usou estas expressões, a Farinha Amparo ficou como parte da cultura popular portuguesa. Por vezes uma cultura um pouco confusa, mas nem por isso menos nossa.
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