Durante muitos e longos anos, a Apple foi quase infalível. Podia lançar qualquer coisa, desde acessórios esquisitos a produtos revolucionários, e o mercado alinhava sempre. Aliás, até lançou um pano para limpar “cenas”…
Sim, os flops existiam, claro, mas eram raros e espaçados no tempo. Isto acontecia porque a marca tinha uma leitura tão boa do mercado, que mesmo ideias arriscadas acabavam a transformar-se em tendências globais.
Mas, de repente, alguma coisa mudou.
Em menos de 2 anos tivemos o Vision Pro, o iPhone 16e e, mais recentemente, o iPhone Air. Todos eles grandes apostas com performances comerciais muito abaixo do esperado.
Algo que, para uma empresa conhecida pela consistência quase irritante, começa a parecer um padrão.
Calma!
Sim, a Apple continua longe de estar mal. A gama iPhone 17 está a vender como se não houvesse amanhã, visto que ainda existem versões esgotadas em vários mercados. Além disso, mantém margens obscenas e continua a liderar o segmento premium sem esforço.
Mas apesar disso… algo se passa dentro da Apple, e não é difícil perceber o porquê.
O Vision Pro: demasiado caro, demasiado nicho
O Vision Pro foi vendido como o início de uma nova era informática. Tecnologia impressionante, execução de luxo, hardware de topo. Mas havia um problema gigante: é um produto de quase 4000 euros que ninguém consegue justificar no dia-a-dia.
A Apple sempre teve talento para transformar gadgets futuristas em produtos mainstream. Desta vez, falhou. O Vision Pro é incrível, mas continua a ser um brinquedo para meia dúzia de early adopters.
iPhone 16e: o low-cost que ninguém percebeu
O 16e foi outro caso estranho. Um iPhone mais simples, mais leve, mais acessível… mas com demasiado compromissos para justificar o preço, que em várias regiões não é assim tão baixo.
Os consumidores não perceberam para quem era o aparelho.
iPhone Air: bonito, fino, caro… e irrelevante
O iPhone Air parecia ter tudo muita coisa importante para ser um sucesso: ultrafino, premium, diferente. Mas quando finalmente chegou às lojas, a sensação foi outra.
É um produto demasiado caro para quem quer algo simples, e demasiado limitado para quem quer algo premium.
No fundo, é o pior dos dois mundos.
Então… a Apple está a perder o toque?
A resposta curta: não.
A resposta longa: pode estar a perder a clareza do seu portefólio.
Mas, a realidade é que o mercado mudou, e já não é tão fácil agradar ao público, especialmente quando este começa a ficar mais informado, e por isso também mais exigente.
Além disso, nos últimos anos, a Apple tem tentado diversificar e ocupar todos os nichos possíveis. Pois… Quando tentas agradar a todos, arriscas a criar produtos que não agradam verdadeiramente a ninguém.
Conclusão
Não estamos perante o início do fim da Apple. Estamos, isso sim, a assistir a uma fase de experimentação, com alguns erros pelo caminho. Se pode dar para o torto? Sim, mas ainda está muito longe disso.
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