Enquanto continua a ser criticada por manter baterias de cerca de 5.000mAh nos seus smartphones topo de gama, a Samsung SDI pode estar, nos bastidores, a preparar algo bem mais ambicioso.
Ou seja, de acordo com novas informações vindas da China, a divisão de baterias da Samsung está a testar uma bateria silicon-carbon de 20.000mAh, num formato de dupla célula. Um número que, só por si, parece mais próximo de um powerbank do que de um smartphone.
Mas, como quase sempre acontece com baterias, há um grande “mas”.
O que está realmente a ser testado?

Segundo as informações partilhadas por fontes ligadas à indústria, esta bateria experimental é composta por duas células distintas.
A célula principal teria 12.000mAh, com uma espessura de 6.3 mm, enquanto a célula secundária ficaria nos 8.000mAh, com 4 mm de espessura. No total, são 20.000mAh combinados, recorrendo à tecnologia de silício-carbono.
Na teoria, isto permitiria autonomias absurdas, sem obrigar a dispositivos ridiculamente grossos. Mas… Na prática… ainda não.
Porque é que isto ainda não vai chegar aos smartphones?
O problema continua a ser o mesmo que já tem travado a Samsung, a Apple e outras marcas mais conservadoras.
Durante os testes, a célula de 8.000mAh terá apresentado um inchaço de cerca de 80%, um valor completamente inaceitável para um produto comercial, especialmente num smartphone, onde o espaço interno é crítico e a segurança não admite riscos.
Este é precisamente o grande calcanhar de Aquiles destas baterias.
Ou seja, apesar da densidade energética muito superior, o material expande muito mais durante os ciclos de carga e descarga. Além disso, quando se tenta limitar essa expansão, a degradação acelera de forma significativa.
É aqui que a Samsung continua a travar.
Porque é que as marcas chinesas já usam esta tecnologia?
A pergunta é inevitável. Se marcas chinesas já lançam smartphones com baterias baseadas na tecnologia, porque é que a Samsung não faz o mesmo?
Simples… Risco e longevidade.
A Samsung prefere garantir baterias com ciclos de vida mais longos, menos risco de degradação acelerada e, acima de tudo, zero margem para escândalos. Por sua vez, as marcas chinesas aceitam mais risco em troca de números maiores no marketing. A Samsung não.

