E se a Xiaomi ultrapassar a Samsung? Não é assim tão impossível. Aliás, nunca foi tão provável como agora.
O mundo dos smartphones continua a mexer, mesmo numa fase em que a inovação anda claramente mais lenta do que há alguns anos, e temos ainda de levar com a ameaça da memória RAM. Mas, apesar disso, o topo do mercado nunca foi estático.
Durante muito tempo, tivemos sempre dois nomes praticamente intocáveis no pódio. Apple e Samsung. Porém, curiosamente, o terceiro lugar tem mudado várias vezes ao longo dos anos.
Já foi da LG, passou pela HTC em tempos mais experimentais, pertenceu à Huawei durante uma fase em que chegou a meter Apple e Samsung em verdadeiro stress, e hoje… esse espaço está claramente a ser ocupado pela Xiaomi.
Pois bem, a Xiaomi está com vontade de subir mais um degrau.
Apple e Samsung mandam… mas nem tudo está bem. Especialmente no lado da Samsung

Historicamente, o topo do mercado tem sido simples de explicar. A Apple lidera, a Samsung segue logo atrás. Qualidade de produto, reconhecimento de marca e estatuto junto dos consumidores explicam grande parte disso.
O problema é que uma destas marcas parece ter carregado no modo piloto automático demasiadas vezes. E sim, estamos a falar da Samsung.
A marca continua a saber fazer hardware. Sempre soube. Mas está a mostrar um medo enorme de arriscar, numa altura em que o mercado começa a pedir algo diferente.
A Samsung está a repetir-se… outra vez
O Galaxy S26 vai voltar a ser um excelente smartphone. Disso ninguém duvida. O problema é que também vai voltar a parecer um Galaxy S22 com retoques.
Há melhorias, claro. Processador melhor, ajustes no software, pequenas afinações aqui e ali. Porém, no uso real, a sensação de “já vi isto antes” começa a pesar. E pesa cada vez mais junto de quem troca de telemóvel com alguma regularidade.
Num ano em que a própria Apple decidiu mexer um pouco mais no seu alinhamento, a Samsung parece ter escolhido ficar quieta. E isso é perigoso. Especialmente quando temos em conta que o plano original era mudar um pouco, com um novo S26 Pro, e mais retoques na gama.
Mas… Foi tudo riscado! Por causa de medo.
Enquanto isso, a Xiaomi está a mexer-se

Do outro lado temos uma Xiaomi que parece finalmente confortável no segmento premium. Os Xiaomi 17 mostram isso mesmo, com mudanças visíveis no design, apostas mais claras no software e ideias que não parecem apenas exercícios de marketing.
Além disso, o HyperOS 3 começa finalmente a parecer um sistema operativo competitivo, consistente e apelativo. Não é perfeito, mas já não soa a remendo nem a imitação barata.
E depois há o Xiaomi 17 Ultra.
O Xiaomi 17 Ultra quer dominar a fotografia móvel
Com o anúncio oficial do Xiaomi 17 Ultra na China, fica clara a ambição da marca. A Xiaomi quer ter o melhor smartphone do mercado no campo da fotografia.

Sensor de uma polegada, zoom óptico contínuo, controlo mecânico na versão Leica. Isto não é conversa para encher o olho. É uma tentativa séria de se diferenciar num mercado saturado.
Se isto chegar à Europa como tudo indica, e se o preço não escalar para níveis absurdos, a Xiaomi passa a ser uma alternativa muito mais interessante para quem está farto de pagar o mesmo por mais do mesmo.
A Samsung está a copiar a Apple… no pior timing possível
A estratégia da Samsung é clara. Manter um design estável, evoluir pouco de cada vez e confiar na força da marca. É exatamente aquilo que a Apple faz há anos com enorme sucesso.
O problema é… Primeiro, a Samsung não é a Apple. Segundo, escolheu fazer isso precisamente no ano em que a própria Apple decidiu mexer mais do que o habitual.
Não é a melhor combinação.
O mercado pode estar prestes a mudar e ainda bem
Tudo isto pode ser o início de uma mudança interessante. O mercado precisa de alternativas fortes, não apenas de dois gigantes confortáveis. E atenção, não é só a Xiaomi a preparar-se para atacar. A Oppo também parece pronta para investir a sério na Europa, e há mais marcas a observar o mesmo espaço.
A Samsung que não se ponha a dormir.

