A crise da memória não vai ser passageira. A RAM está cara, continua a subir, e tudo indica que não vai voltar ao normal tão cedo. Aliás, é muito provável que continue a subir, até ao absurdo.
É neste contexto que começa a ganhar força um rumor interessante: a ASUS pode estar a preparar-se para entrar diretamente no negócio da memória RAM.
ASUS pode mesmo começar a desenvolver e produzir RAM

Segundo informações vindas da Ásia, a ASUS estará a estudar a criação de linhas próprias de produção de DRAM já em 2026, caso os preços e a escassez não regressem a níveis aceitáveis. Não estamos a falar de módulos com autocolante ASUS. Estamos a falar de algo mesmo com o dedo da gigante de Taiwan.
Se isto se confirmar, é um passo enorme. E diz muito sobre o estado atual da indústria.
Quando comprar memória se tornou um problema sério
O mercado da RAM está completamente desequilibrado.
Fabricantes como Samsung, Micron e SK Hynix estão cada vez mais focados em servidores, IA e clientes empresariais, onde o dinheiro está a sério. O consumidor comum, como tu ou eu, ficou para segundo plano.
O resultado está à vista. Preços inflacionados, escassez constante, PCs vendidos sem RAM, configurações mais fracas a preços mais altos. Infelizmente, algo que há poucos anos pareceria absurdo é agora tratado como normal.
Para marcas como a ASUS, que vivem de vender portáteis, desktops e sistemas gaming, isto deixou de ser apenas incómodo. Passou a ser um risco real. A ASUS, se isto continuar assim, passa a estar em perigo.
Produzir RAM não é brincadeira nenhuma
Convém também não romantizar a coisa.
Entrar no mercado da DRAM é caríssimo, complexo e arriscado. Exige investimento massivo, tempo, know-how e rendimentos a sério. Não é algo que se faça de ânimo leve.
Mas a ASUS tem escala, capital e um problema sério para resolver. E isso muda tudo.
Assim, ao contrário de fabricantes de memória pura, a ASUS não precisa de dominar o mercado. Basta garantir fornecimento estável para as suas próprias linhas ASUS, ROG e TUF. Só isso já reduziria custos, atrasos e dependência externa. Seria também muito interessante para o futuro, porque a ASUS estaria a controlar um componente muito importante em todos os produtos.
É sobrevivência
É fácil perceber que este movimento não nasce da ganância. Nasce da necessidade!
Afinal de contas, quando fabricantes começam a ponderar produzir os seus próprios componentes críticos, é porque o mercado falhou. Ou seja, a ASUS não quer ser uma nova Samsung da memória. Apenas quer deixar de estar refém.
Aliás, é algo próprio das gigantes. A Samsung e Apple também querem controlar o máximo daquilo que entra nos seus aparelhos, e o que vem de fora, está imensamente controlado com contratos sem grandes espaços para falhas.
Em suma, se o plano avançar, não ficaria surpreendido se outras marcas seguissem o mesmo caminho.
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