A CHUWI quer portáteis de 1kg a preço de saldo. Menos de 500€!

O mercado dos portáteis leves e premium entrou há muito numa espiral estranha. Isto porque, quanto mais finos e leves ficam, mais se aproximam, ou ultrapassam, a barreira psicológica dos 1.000€. Um mercado que é curiosamente dominado sem dó nem piedade pela Apple, com o seu MacBook Air M4.

Mas… A CHUWI quer ir pelo caminho oposto.

Ou seja, com a nova gama CoreBook Air, a marca chinesa promete portáteis de classe “1 kg” a preços muito mais agressivos, posicionando-se como uma alternativa direta ao MacBook Air, porém, sem o preço premium associado.

Um portátil leve a sério! A um preço que já não se vê (Podes comprar aqui)

Portanto, o CoreBook Air aposta num corpo em liga de alumínio que traz um peso de apenas 1 kg na versão de 14 polegadas. Mas, apesar de ser leve e fino (e barato), não é de todo uma máquina limitada.

Afinal de contas, temos um ecrã um painel IPS de 14 polegadas, formato 16:10, resolução 1920×1200 e cobertura total do espaço sRGB. Ou seja, não temos um ecrã fraco, nem sequer compromissos estranhos numa área que costuma ser sacrificada em portáteis baratos.

Aliás, para quem quer mais espaço de trabalho, existe também o CoreBook Air Plus, com ecrã de 16 polegadas, a mesma resolução e um peso de 1.35 kg. Continua a ser impressionante para o tamanho.

AMD Ryzen. Chips de qualidade!

Aqui a CHUWI também decidiu não inventar.

Ambos os modelos usam o AMD Ryzen 5 6600H, acompanhado pela gráfica integrada Radeon 660M. Não é um processador topo de gama em 2026, mas também não tem de ser. Estes portáteis continuam a ser uma solução sólida para produtividade, multitasking sério e até algum gaming ligeiro.

É uma escolha que faz sentido para este segmento. Potência suficiente sem comprometer demasiado a autonomia ou o preço final.

Memória, armazenamento e detalhes que normalmente são cortados

Outro ponto onde a CHUWI costuma surpreender é nos “extras” que muitas marcas ignoram.

Estamos a falar de 16 GB de RAM LPDDR5 e um SSD PCIe de 512 GB, com possibilidade de upgrade. Não é comum ver esta configuração em portáteis que querem ficar abaixo dos 600€.

Há também teclado retroiluminado, touchpad de grandes dimensões, tecla dedicada para o Copilot, webcam que pode ser “fechada”, e no modelo Plus, uma câmara IR para login via Windows Hello.

São detalhes pequenos, mas que fazem diferença no uso diário. Dão ar Premium à coisa.

Autonomia e Conectividade

A bateria é de 55 Wh no CoreBook Air e 60 Wh no Air Plus, com carregamento rápido via USB-C a 65 W.

Entretanto, em termos de ligações, há USB-C, USB-A, HDMI 2.1 com suporte para 4K, Wi-Fi 6 e Bluetooth 5.2. Tudo o que se espera de um portátil moderno, sem cortes artificiais.

Os dois modelos chegam com Windows 11 Pro e Office pré-instalado, prontos a usar.

Preço? É aqui que a CHUWI quer mexer com o mercado

Apesar do discurso inicial de “abaixo dos 500 dólares”, os preços anunciados ficam um pouco acima disso, mas continuam agressivos para o que é oferecido.

O CoreBook Air de 14 polegadas chega aos 529 dólares, enquanto o CoreBook Air Plus de 16 polegadas sobe para 599 dólares. Durante a fase de pré-reserva há um desconto de 50 dólares e uma oferta extra, o que ajuda a puxar os valores para baixo.

Não são portáteis baratos no sentido clássico. Mas são muito baratos para aquilo que prometem.

Conclusão

Num mundo a ser engolido pela crise da memória RAM, estes portáteis são de facto uma lufada de ar fresco. Podem não oferecer a mesma qualidade absurda de um Apple, ASUS, Lenovo, etc… Mas são alternativas muito interessantes, a metade do preço.

Portáteis leves a sério, com bons ecrãs, desempenho decente e sem amputações óbvias, a preços que ainda fazem sentido para quem precisa de mobilidade sem gastar uma fortuna.

Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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