Se estás a pensar fazer um upgrade ao teu PC ou dar uma nova vida ao teu portátil para começar 2026 em grande, para tudo o que estás a fazer. Se tens um SSD SATA no carrinho de compras, tira-o de lá. Lembras-te da primeira vez que trocaste um disco mecânico (HDD) velho e barulhento por um SSD SATA? O Windows, que demorava 5 minutos a arrancar, passou a ligar em segundos. Foi uma revolução. Mas sejamos honestos: isso foi há 10 anos. Hoje, a tecnologia SATA é o equivalente a tentares ligar-te à Internet com um modem de 56k quando tens fibra ótica à porta. A era dos SSDs SATA acabou e aqui está a prova de que insistir neles é deitar dinheiro ao lixo.
1. Bateram na parede (e não passam dali)
O grande problema dos SSDs SATA é físico. Eles atingiram o limite máximo da sua tecnologia.
O Teto: Um SSD SATA de topo está “preso” nos 560MB/s. Não há volta a dar.

A Concorrência: Os discos NVMe (aqueles que parecem uma pastilha elástica e encaixam direto na motherboard) pulverizam estes números. Um NVMe PCIe 4.0 “banal” chega facilmente aos 5.000 ou 7.000 MB/s.
Entretanto a Realidade: Estás a comprar tecnologia que já não tem por onde evoluir. É um beco sem saída.
2. O Preço: A Grande Mentira
“Ah, mas os SATA são mais baratos”. Errado. Se fosses poupar metade do dinheiro, talvez compensasse para um PC secundário. Mas a realidade do mercado atual é ridícula:
Um SSD SATA de 1TB (de marcas como a Western Digital ou SanDisk) custa praticamente o mesmo, ou por vezes até mais, do que um NVMe Gen 4 muito mais rápido.
Com marcas históricas como a Crucial a sair lentamente do mercado de consumo, a oferta vai diminuir e os preços não vão baixar.
Basicamente, estás a pagar o preço de um Ferrari para conduzir um Fiat Punto de 1998.
3. A Tecnologia está “Velha” (AHCI vs. NVMe)
Não é só a velocidade bruta, é a inteligência do disco.
SATA (AHCI): Usa um protocolo desenhado para discos mecânicos que rodam. Tem uma fila de comandos única. É como ter uma autoestrada com apenas uma via: se houver trânsito, tudo para.

NVMe: Foi desenhado para memória flash. Suporta 64.000 filas de comandos em simultâneo. É uma autoestrada com milhares de vias onde os dados fluem sem parar. A latência e a capacidade de resposta do teu sistema com um NVMe são incomparavelmente superiores.
Então, quando é que um SATA ainda faz sentido?
Só há duas situações em que te “perdoamos” a compra de um SATA em 2026:
O teu PC é Jurássico: Se o teu computador ou portátil é tão antigo que não tem uma ranhura M.2 na motherboard, então sim, um SATA é a tua única salvação para fugir aos HDDs lentos.
Tens um NAS ou Servidor: Por outro lado, se precisas de armazenamento em massa e tens baias de 2.5 ou 3.5 polegadas livres, um SATA ainda serve para guardar ficheiros mortos.
O Veredicto Leak: O que deves comprar?
Se a tua motherboard tem uma entrada M.2 livre, a resposta é simples: Compra um SSD NVMe PCIe Gen 4.
Entretanto não precisas de gastar fortunas nos novos Gen 5 (são caros e aquecem muito).
Os Gen 4 são o “sweet spot”: rápidos, fiáveis e com o melhor rácio preço/gigabyte do mercado.

