A guerra das câmaras no mundo dos smartphones está a aquecer outra vez. Afinal de contas, o formato já não muda, os dobráveis deixaram de surpreender, e o grande salto que falta fazer… é na imagem, ou melhor, na captura de imagem.
Dito tudo isto, a Samsung pode estar prestes a desbloquear uma das maiores evoluções dos últimos anos: sensores com “global shutter”, algo que a Apple também quer no iPhone.
E sim, isto pode mudar completamente a forma como o teu telemóvel fotografa movimento.
O problema dos sensores atuais? Rolling shutter!

Hoje, todos os smartphones, da Samsung à Apple, usam sensores com “rolling shutter”. Ou seja, a imagem é capturada linha a linha.
É algo que funciona bem na maioria dos cenários, mas quando tentas fotografar algo em alta velocidade tens aquele efeito de distorção, arrastamento, ou objetos que parecem dobrados.
O “global shutter” resolve isto. Expõe todos os pixéis ao mesmo tempo. Captura o momento real, sem distorção nenhuma. É tecnologia típica de câmaras profissionais de alto nível… e até agora impossível de enfiar num sensor minúsculo de smartphone.
Como é que a Samsung conseguiu fazer isto num telemóvel?
A novidade vem de um sensor HD com nível de global shutter onde a Samsung criou um truque engenhoso. Ou seja, em vez de converter os sinais no ADC tradicional, meteu o conversor dentro do próprio pixel. Um ADC por bundle de 4 pixels (2×2).
Isto permite ter comportamento de global shutter sem aumentar o pixel para valores gigantes. Mantém-se o pitch de 1.5 µm, mas agrupado num bloco que funciona como um pixel maior quando necessário.
Ainda não é um global shutter “perfeito”, porque há uma parte do processo que continua a ser sequencial. Mas a Samsung resolveu isso com compensação de movimento e algoritmos que corrigem as pequenas distorções. Segundo a marca, o resultado final é praticamente indistinguível.
A Samsung vai apresentar isto ao mundo no ISSCC 2026, o “olimpíadas” dos circuitos de semicondutores.
E a Apple? Já está de olho!
A Apple tem várias patentes relacionadas com global shutter para iPhone, e parece estar bastante interessada em usar esta tecnologia quando estiver pronta. Não seria a primeira vez que Samsung desenvolve algo… e Apple acaba por adotá-lo mais tarde, com o seu toque próprio.
Além disso, as duas empresas estão a trabalhar juntas em novos sensores CMOS, incluindo a plataforma “DeepPix”, que pode finalmente substituir os sensores ISOCELL tradicionais.
O que vem aí para os próximos iPhones?
A Apple está claramente a preparar uma revolução fotográfica para a segunda metade da década:
- iPhone Fold: câmara de 24 MP sob o ecrã, com painel COE para maior brilho e nitidez
- iPhone 18: Face ID totalmente sob o ecrã com vidro microtransparente
- iPhone 20: sensor LOFIC de 100 MP que capta sombras e highlights sem ruído, algo que hoje exige HDR pesado
Conclusão
Samsung pode ter encontrado o próximo salto de qualidade real nas câmaras mobile. E se a tecnologia for tão boa como promete, a Apple vai querer uma versão própria nos futuros iPhones.
Poderá ser uma outra parte onde as rivais acabam por ser muito amigas.

