O mercado dos dobráveis tem aparecido com uma nova vida, e agora que a Samsung anunciou oficialmente o seu primeiro TriFold, é notório que o paradigma voltou a mudar.
Mas, dito tudo isto, temos um novo concorrente no mundo Fold, chama-se Nubia Fold e, apesar de ser o primeiro dobrável da marca, já está a fazer mais barulho do que muitos veteranos. Na verdade, está a conseguir deixar a Samsung em maus lençóis.
Afinal de contas, o novo Galaxy Z TriFold, que deveria ser o expoente máximo da engenharia dobrável, acaba ofuscado em um dos pontos que mais importa aos consumidores: a bateria.
A comparação é dura, mas justa.

O Nubia Fold conseguiu encaixar uma bateria de 6.560 mAh num corpo com 35.7 polegadas quadradas de área útil. A Samsung, no seu tri-dobrável com 52.8 polegadas quadradas de espaço interno, ficou-se pelos 5.600 mAh.
Ou seja, o dispositivo mais pequeno oferece uma bateria significativamente maior. É estranho.
O que traz o Nubia Fold?
O Nubia Fold chega com ambição!
O ecrã principal é de 8 polegadas com resolução 2.480 x 2.200. O ecrã exterior tem 6.5 polegadas, ambos a 120 Hz. Por dentro, encontramos 12 GB de RAM bem como um Snapdragon 8 Elite Gen 5. Além disto, uma bateria de 6.560 mAh com carregamento de 55 W.
Acrescenta resistência IP54, câmaras de 50 MP e um preço que surpreende: cerca de 1.145 dólares no Japão.
É um pacote sólido, competitivo e que acerta precisamente nas prioridades de quem compra um dobrável.
E o Galaxy Z TriFold?
Do lado da Samsung, o Galaxy Z TriFold aposta tudo no espetáculo.
Tem um ecrã interno de 10 polegadas, um segundo painel de 6.5 polegadas, 16 GB de RAM e o Snapdragon 8 Elite. O conjunto é impressionante, mas o problema volta sempre ao mesmo sítio: uma bateria de apenas 5.600 mAh, para alimentar dois ecrãs muito maiores.
O preço também é outra conversa. O TriFold custa perto de 2.447 dólares na Coreia do Sul. É mais do dobro do Nubia, com especificações similares e menos bateria.
Espessura não explica tudo
A Samsung pode argumentar que o TriFold é mais fino quando está aberto, mas a diferença entre 1.2 mm e 1.5 mm na espessura dos painéis não justifica perder mil miliamperes de autonomia. Sobretudo quando o público já deixou muito claro o que prefere.
Aliás, a Samsung anda na mesma retórica há vários anos, e começa a não convencer.
Acaba por ser uma provovação!
O Nubia Fold não é apenas uma alternativa. É uma provocação direta aos gigantes do mercado. Mostra que é possível criar um dobrável competitivo, com autonomia generosa, sem comprometer o formato nem o preço.
Agora é esperar para ver se chega cá. Coisa que eu duvido.
