Stranger Things está de volta. Finalmente! Depois de mais de três anos de silêncio absoluto, teorias, leaks, atrasos, greves e desculpas, a última temporada aterrou na Netflix.
Mas aterrou… Apenas pela metade.
Ou seja, depois de três anos, temos quatro episódios agora, e os outros quatro só a 25 de dezembro, embrulhados como se fossem uma prenda de Natal.
E sim, eu percebo a ideia. Tu percebes a ideia. Toda a gente percebe a ideia.
Criar hype. Esticar conversas. Fazer a série durar mais um bocadinho. Basicamente tentar rentabilizar o investimento absurdo que esta temporada custou, e claro, prender subscritores até ao fim do ano. (Não foi por acaso que vimos tanto product placement nestes 4 episódios… O dinheiro tem de entrar!)
Mas há uma coisa que também percebemos… Isto é irritante. É mesmo muito irritante.
Esperámos mais de 3 anos. E depois dão-nos… metade?

Stranger Things não é uma série qualquer. É um fenómeno global. Por isso, quando ficas mais de três anos à espera da última temporada, crias inevitavelmente expectativas de evento. De maratona. De binge real.
A Netflix criou este hábito. Foi ela que ensinou o mundo a devorar temporadas inteiras de uma só vez. O streaming tornou-se binge. O binge tornou-se cultura. Stranger Things foi, desde sempre, uma das séries que mais justificava isso.
Por isso, chegares ao fim de uma espera interminável e teres só quatro episódios para ver? Sabe a pouco. Sabe a estratégia. Não sabe a recompensa.
Especialmente porque, apesar de o quarto episódio ter sido especial, com um bom “cliff hanger”, a restante temporada pareceu… Sofrível. Os atores que vimos crescer, não são assim tão incríveis na arte da representação como alguns críticos podem querer fazer crer. Fica até a ideia de que ficaram a engonhar só porque sim, com um guião pensado para ser “dividido”.
O público quer ver tudo. E quer ver tudo já.
Mais de três anos à espera por uma temporada final já é duro. Receber apenas quatro episódios é quase uma provocação. Mas isto é apenas a minha opinião.
Qual é a tua?
