Toda a gente acha que conduz bem. Assim os perigos são sempre “os outros”: os lentos, os distraídos, os que não sabem usar piscas. Mas e se o problema estiver, justamente, no lado de dentro do teu vidro? Há comportamentos que muitos condutores consideram normais e que, na prática, aumentam muito o risco de acidente. Entretanto se te revês em vários destes sinais, talvez sejas tu o condutor chato de que toda a gente se queixa e que vai colado aos outros.
1. És normalmente o condutor colado aos outros
Se manténs o carro tão perto do da frente que quase consegues ler a data da revisão no autocolante, estás demasiado perto. Circular colado reduz drasticamente o tempo de reacção, aumenta o risco de choque em cadeia e cria pressão desnecessária sobre o outro condutor.
Se não tens tempo para travar com calma se o carro da frente parar de repente, estás a ser um perigo ambulante, mesmo que aches que tens “bons reflexos”.
2. Travagens sempre em cima, porque “controlas bem”
Há quem se orgulhe de travar no limite: em passadeiras, rotundas, cruzamentos. Parece sinal de domínio, mas é exactamente o contrário. Assim quem conduz bem antecipa abrandar cedo, evitar sustos ao carro de trás, não obrigar ninguém a “espalmar” o travão.
Se as pessoas atrás de ti passam a vida a mergulhar o capô quando travas, algo está mal.
3. Usas os máximos como arma, não como ajuda
Ligar os máximos para ver melhor numa estrada escura faz sentido. Usá-los para:
- castigar quem vai devagar,
- pressionar o carro da frente,
- mandar “sair da frente” na faixa da esquerda,
é puro abuso. Encandear os outros é perigoso e infantil. As máximas não são modo “ataque”, são equipamento de segurança.
4. Ficas irritado com quem respeita os limites
Se um carro vai a 50 onde o limite é 50 e isso te parece uma provocação pessoal, o problema não está no radar, está no teu pé. Tratar a lei como sugestão e quem a cumpre como obstáculo é receita perfeita para excesso de velocidade… e multas, ou pior.
5. Adoras ziguezaguear entre faixas
Entretanto mudar de faixa constantemente, à procura da mais rápida, pode dar a sensação de que estás a “ganhar tempo”. Na prática:
- crias movimentos imprevisíveis;
- obrigas outros a travar;
- aumentas a probabilidade de toques laterais.
Na maioria das cidades, acabas parado no mesmo semáforo que quem foi sempre tranquilo na mesma faixa.
6. A buzina é o teu desabafo diário
A buzina serve para evitar acidentes, não para descarregar frustração. Assim se apitas por tudo e por nada, carro demorou um segundo a arrancar no verde, peão hesitou na passadeira, alguém estaciona devagar só estás a deixar o ambiente mais tenso e distraído.
7. Dizes “quem tem medo que fique em casa”
Esta frase é um óptimo indicador de perigo. Assim as estradas são usadas por pessoas com diferentes níveis de experiência, idade, confiança e até estados de espírito. Um bom condutor adapta-se a isso, em vez de achar que é pista privada.
No fim, não é o carro nem o combustível. Muitas vezes, o que transforma a estrada num lugar perigoso é o ego de quem vai ao volante. Se te reconheces em vários pontos desta lista, a boa notícia é simples: ainda vais a tempo de mudar e de deixar de ser “o problema” sem sequer saber.
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