Estamos todos treinados para fazer o mesmo movimento: abrir o e-mail, ver um logo da seguradora no assunto, revirar os olhos e carregar em “arquivar” ou “apagar”. Parece mais uma campanha de venda de seguros dentários, de vida, para animais, para viagens ao espaço. E muitas vezes é. Só que, no meio dessa nuvem de spam, escondem-se mensagens que podem ser a diferença entre estares protegido… ou completamente descalço.
Este e-mail da tua seguradora pode ser realmente importante
Por lei, as seguradoras têm de te informar quando alteram condições, aumentam ou reduzem coberturas, mexem em franquias ou renovam automaticamente a apólice. E, adivinha, adivinharam uma forma barata de o fazer: e-mail. O resultado? Avisos importantes entram pelo mesmo tubo onde recebeste ontem um cupão de pizzas e uma newsletter de gadgets.
Aquele e-mail com título aborrecido tipo “Atualização das condições gerais da sua apólice” pode estar a dizer-te, em linguagem meio jurídica, que a partir de agora certas situações deixam de estar cobertas, que a franquia passou de 100 para 250 euros, ou que, se não disseres nada, o seguro renova por mais um ano com o novo preço. Se só descobres isto no dia em que tens um sinistro, vai ser uma bela surpresa… para o lado errado.
Tens mesmo de ler tudo?
Não significa que tens de ler cada linha de todos os PDFs gigantes que te mandam. Mas vale a pena criar o hábito de abrir pelo menos os e-mails com palavras-chave como “alteração”, “atualização”, “renovação”, “condições” ou “informação importante”. Em muitos casos, basta fazer scroll até ao resumo: lá encontras o que mudou, a partir de quando e, às vezes, como podes opôr-te à renovação sem penalização.
Outro ponto crítico são os prazos
Algumas seguradoras dão-te um período específico para dizeres que não aceitas as novas condições e queres cancelar no final do contrato. Se deixas passar, ficas amarrado a mais um período, mesmo que o seguro já não faça sentido para ti.
Uma boa prática é guardar, numa pasta, os e-mails mais importantes da seguradora e manter um lembrete no calendário um mês antes da data de renovação. Nesse momento, decides conscientemente: mantenho, negoceio ou mudo?
Entre a publicidade pura e dura e a linguagem chata, é fácil querer “matar” tudo o que vem da seguradora. Mas no dia em que tiveres um acidente, uma infiltração ou um telemóvel roubado, vais agradecer ter perdido cinco minutos a abrir o e-mail certo.
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