Todos nós sabemos que o conforto vale mais do que a inovação, que por sua vez pode trazer risco. É por isso que muitos de nós ficam agarrados a um emprego anos a fio, mesmo que o ódio vá crescendo ano após ano.
O que já conhecemos é confortável, o desconhecido é arriscado.
Dito tudo isto, parece que a Samsung está presa nas mesmas ideias. Afinal, agora prestes a lançar a série Galaxy S26, a realidade é que a sensação geral é simples e expectável. Vai ser tudo muito seguro, muito previsível, muito… morno.
Ou seja, num ano em que até a Apple anda a testar formatos novos, a Samsung parece presa ao piloto automático. Pequenos ajustes aqui e ali, nada que faça o pulso acelerar.
Mas há um motivo! Curiosamente não é preguiça.
A série S26 é iterativa porque pode ser!
Se segues o habitual caos na Internet sobre futuros smartphones, já viste que o Ice Universe anda farto da Samsung. O “leaker” nunca esteve tão crítico da gigante Sul-Coreana. Sabes porquê? Tudo o que se sabe do Galaxy S26 aponta para uma geração sem qualquer risco ou inovação.
Ou seja, o S26 base ganha um ecrã um pouco maior. O S26 Ultra fica mais fino, mais arredondado e com um buraco de câmara frontal ligeiramente maior. E pronto. Nada que mude o jogo.
Nada que dê aquela sensação de salto tecnológico.
Curiosamente, o ponto mais entusiasmante não está no hardware exterior, mas sim no Exynos 2600, que nos primeiros testes parece estar a surpreender. O problema? Só chega ao S26 e S26+, e mesmo assim em mercados limitados, porque o Snapdragon tem de existir quer a Samsung queira, quer não queira.
A Samsung não perdeu a capacidade de inovar!
Se dúvidas houvesse, basta olhar para o Galaxy Z TriFold. A marca está a preparar o primeiro dobrável triplo a sério, algo arriscado e tecnicamente complexo. Ou seja, inovação existe. Vontade também.
O que falta… é incentivo.
O verdadeiro negócio está noutro lado?
É aqui que tudo muda. Há analistas a destacar algo que faz cada vez mais sentido.
Feliz ou infelizmente, para a Samsung, os smartphones já não são a prioridade estratégica. São apenas um meio para financiar o verdadeiro negócio.
E qual é o verdadeiro negócio? A resposta é simples e vale milhares de milhões.
- Inteligência artificial
- HBM4 e HBM4E
- Processos de fabrico em 2 nm e 1.4 nm
- Packaging avançado
- Sensores e memória da próxima geração
Estas áreas dão lucros muito superiores a qualquer smartphone, mesmo que o S26 Ultra custe mais de mil e quinhentos euros. Os telemóveis têm margens cada vez mais curtas devido ao preço absurdo dos componentes premium.
Entretanto, a liderança em chips, memória e IA garante receitas de outra dimensão.
Um S26 aborrecido… mas rentável
Depois temos um outro assunto. Mesmo que os Galaxy S26 não inovem, vendem na mesma.
Sim, a Samsung não anda a vender tanto como noutros anos. Mas continua a vender mais que todas as outras fabricantes Android. Por isso, dentro deste cenário, a série Galaxy S26 não precisa de ser ousada. Não precisa de arriscar. Não precisa de reinventar nada. Só precisa de vender o suficiente para manter as máquinas a trabalhar e os investimentos a correr.
Enquanto esta lógica se mantiver, não contes com revoluções nos Galaxy S.
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