O nome é estranho, porque nem sequer parece Chinês, para mais Indiano. Mas, estamos mesmo a falar de uma nova marca Chinesa com muita vontade de conquistar o mercado Português, e de facto, ter armas para isso.
Ou seja, depois do Deepal S07, a Changan chega agora com o Deepal S05, um C-SUV elétrico que entra diretamente na faixa mais concorrida do mercado com um preço de 36.990 euros. Pode parecer um preço estranho… Mas é mesmo muito carro para a quantidade de euros pedida.
Mais concretamente, a Changan quer competir com Kia Niro EV, MG4 XPower, Volvo EX30 e companhia… Porém, com mais espaço, mais autonomia, e claro, um pacote tecnológico que não parece nada algo normal para um automóvel “low-cost”.
Aliás, até na condução, este Deepal S05 não se sente como um carro banal! Sim, como é óbvio, não estamos a falar de um automóvel com a dinâmica de um alemão, ou conforto de um francês. Mas… Não está muito longe desses dois patamares. É um carro cheio de tecnologia, muita qualidade de construção, boa dinâmica em modo Sport, e muito conforto em qualquer que seja o percurso escolhido.
É um carro bastante porreiro!
Além disso, é um modelo pensado para ser compacto o suficiente para a cidade, mas com folga para famílias. Curiosamente, aqui a China já percebeu o que o mercado europeu quer: boa autonomia, boa bagageira e boa tecnologia, tudo embrulhado num preço abaixo dos 40 mil euros.
Design Europeu com aerodinâmica Chinesa?
O S05 mede 4.62 metros e tem uma distância entre eixos de 2.88 metros. Depois ainda aparece com 492 litros de bagageira, e mais uns quantos litros de espaço no frunk da frente.
Entretanto, na frente, temos uns faróis bipartidos e grelhas ativas que lhe dão um ar moderno e até veloz. Já atrás, a faixa luminosa contínua e o logótipo iluminado fazem lembrar modelos premium muito recentes… coff coff Tesla e Cupra… Coff coff…
Dito tudo isto, coeficiente aerodinâmico de 0.25 deixa-o ao nível dos elétricos mais eficientes do segmento.
Ah… Se acha o design muito interessante, este é assinado em Turim por Klaus Zyciora, ex-chefe de design do Grupo Volkswagen. Não é coincidência que tenha ganho o iF Design Award e o novo prémio Torino Automotive Design.
À grande e à Chinesa? No tech sim!
Se o exterior convence, o interior parece saído de um carro de segmento acima.
Claro que não há um painel de instrumentos tradicional, porque toda a informação passa por um head-up display com realidade aumentada, enquanto no centro do tablier vive um ecrã de 15.4 polegadas que roda 15 graus para cada lado, alimentado por um chip Qualcomm 8155.
Tudo tem de ser personalizado no ecrã, o que pode ser um pouco chato. Mas o software é veloz e bastante intuitivo. O problema está… Como muitas vezes está… Na tradução. O Português é completamente assassinado neste carro. Mas nada que não possa ser corrigido e atualizado mais à frente.
Tudo isto com 14 altifalantes, comandos por voz, OTA, ventilação e aquecimento nos bancos da frente e até um apoio de pernas elétrico para o passageiro.
O teto panorâmico com quase dois metros quadrados fecha o pacote premium.
Plataforma flexível, bateria sólida e carregamentos rápidos
O S05 usa a plataforma modular EPA1, preparada para elétricos, híbridos e até hidrogénio. A bateria é uma LFP da CATL com 68.8 kWh e duas versões:
- RWD: 200 kW, 290 Nm, 0-100 km/h em 7.5s e até 470 km WLTP
- AWD: 320 kW, 502 Nm, 0-100 km/h em 5.5s e 430 km de autonomia
O carregamento rápido chega aos 200 kW: 30 a 80% em 15 minutos; 10 a 80% em pouco mais de 20. Traz bomba de calor, pré-aquecimento da bateria e função V2L até 6 kW, para alimentar ferramentas, eletrodomésticos ou até outro carro.
Segurança no topo
O Deepal S05 já traz cinco estrelas no Euro NCAP e um pacote completo de ADAS: cruise adaptativo, mudança e manutenção na faixa, visão panorâmica de 540°, deteção de fadiga, travagem autónoma, travão multicolisão e aviso de presença de crianças no interior.
Algum deste equipamento ainda é extra em marcas europeias.
Preço, garantia e o que esperar
O preço de 36.990 euros (sem despesas) coloca o S05 num ponto muito apetecível do mercado. Até porque, sem IVA, fica perto dos 30 mil euros, o que também o torna interessante para empresas.
A garantia é outra arma forte! Estamos a falar 7 anos ou 160 mil quilómetros no carro, 8 anos ou 200 mil quilómetros na bateria (com mínimo de 70% de saúde).
Ah… Vale ainda a pena dizer que a Changan promete novas versões e até híbridos plug-in para reforçar a gama em Portugal. Vai ser uma aposta muito interessante, sempre com um grande foco na qualidade-preço.
Agora, a pergunta é simples… Será que Portugal está pronto para mais um elétrico chinês competitivo? Eu penso que sim.
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