Carregar a trotinete elétrica dentro de casa: segurança ou bomba?

Com o preço dos combustíveis a subir, a trotinete elétrica tornou-se o “carro” diário de muita gente. O problema é que, ao contrário do carro, este veículo costuma dormir… na sala, no corredor ou ao lado do quarto. E é precisamente aí que começa o risco. As baterias de iões de lítio são eficientes, leves e potentes, mas também podem entrar em fuga térmica: aquecem demasiado, danificam-se por dentro e, em casos extremos, explodem ou entram em combustão. Já houve vários incêndios em apartamentos ligados a trotinetes ou bicicletas elétricas que estavam a ser carregadas dentro de casa, alguns com consequências trágicas. Assim como deves imaginar não é muito boa ideia carregar a trotinete elétrica dentro de casa.

Carregar a trotinete elétrica: o que aumenta mais o perigo?

Deixar a trotinete a carregar durante a noite, em corredores estreitos cheios de objetos inflamáveis; usar carregadores baratos ou incompatíveis; carregar depois de uma queda forte; guardar a bateria num local com muito calor; ignorar sinais de inchaço, cheiro estranho ou ruídos vindos da bateria.

Carregar dentro de casa não tem de ser automaticamente um cenário de terror, mas exige regras rígidas:

  • Sempre que possível, carrega em cima de superfícies resistentes ao fogo (chão cerâmico, garagem ventilada, varanda resguardada).
  • Nunca a deixes a carregar ao lado da porta de saída única da casa. Se algo correr mal, esse corredor transforma-se numa chaminé.
  • Usa apenas o carregador original ou um compatível certificado. Esquece carregadores “universais” baratos.
  • Não carregues logo a seguir a uma queda ou impacto forte. Se a bateria foi danificada, verifica primeiro com uma assistência.

Outro ponto importante: não transformes o carregamento num som de fundo permanente da tua vida. Se a trotinete está sempre à ficha, a bateria envelhece pior e o risco de aquecimento prolongado aumenta. O ideal é carregar até perto dos 80–90% e desligar, em vez de a deixar horas depois de atingir os 100%.

Num prédio, vale a pena discutir o tema em assembleia. Arrecadações cheias de trotinetes a carregar em extensões baratas são tudo menos inocentes. O futuro pode ser elétrico, mas convém garantir que não é também inflamável.

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A ferver

Ana Oliveira
Ana Oliveirahttp://leak
Descobriu a paixão pela tecnologia entre aulas de engenharia e fóruns de gadgets, onde passava horas a debater especificações e novidades. Gosta de explicar tecnologia de forma simples, direta e prática como se estivesse a falar com amigos. É fascinada por tudo o que envolva inovação, privacidade digital e o futuro dos smartphones. Quando não está a escrever, está a testar apps, a trocar de launcher ou a explorar menus escondidos no Android.

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