Isto não aconteceu por cá, porque ainda não estamos nesse nível. Mas, lá fora, o absurdo chegou a um novo nível! Os utilizadores de IPTV pirata estão a reclamar porque ficaram sem serviço.
Ou seja, após a última operação internacional que derrubou dezenas de plataformas ilegais, incluindo nomes populares como Eppi TV (também conhecida como Eppi Cinema) e My Family Cinema, o site Reclame Aqui (Brasil) que funciona um pouco como o Portal da Queixa em Portugal, foi inundado com queixas… de clientes da pirataria.
“Quero o meu dinheiro de volta!”

Sim, a impunidade é tanta, e na verdade maior do que por cá, que houve consumidores a fazer queixa do desaparecimento dos seus serviços piratas.
De facto, as reclamações seguiram todas o mesmo padrão. Ou seja, pessoas que pagaram por planos mensais, trimestrais ou anuais e agora estão indignadas porque o serviço “desapareceu”.
Curiosmaente, as queixas até citam órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, o que mostra bem o nível de ironia: pessoas a exigir direitos sobre um serviço ilegal.
O império pirata que caiu
O sistema era enorme, quase a roçar o absurdo. Movimentava entre 150 e 200 milhões de dólares por ano, oferecendo acesso pirata a filmes e séries de forma profissional.
Aliás, no Brasil, estas plataformas ilegais agora extintas tinham mais subscritores do que algumas plataformas legais.
O retrato de um fenómeno
As queixas mostram o tamanho do problema.
O IPTV pirata está tão popular que muita gente nem percebe que está a cometer um crime. Ou seja, trata-o como se fosse apenas “um serviço mais barato”. Mas quando esse serviço cai, aparecem os “consumidores” indignados, exigindo reembolsos como se tivessem sido enganados por uma empresa legítima.
No fim, a ironia é evidente: o IPTV pirata tornou-se tão comum que já há quem reclame direitos sobre algo que nunca foi legal.
Por cá ainda não é assim… Mas já faltou mais!
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