A Alpha Gamer tem acumulado relatos públicos de consumidores a apontar o mesmo problema: produtos que chegam com defeito ou incompletos e um pós-venda que, em vários casos, responde tarde ou falha o seguimento prometido. No Portal da Queixa, a página da marca apresenta, nos últimos 12 meses, um Índice de Satisfação de 36/100 (classificação “Fraco”), tempo médio de resposta superior a 15 dias e taxa de solução de 55,6%. São indicadores que pesam na reputação e ajudam a explicar a frustração de quem compra uma cadeira “premium” ou uma secretária elevatória e precisa de apoio rápido quando algo corre mal.

Alpha Gamer na mira dos consumidores: atrasos, silêncio e peças defeituosas
Os exemplos mais recentes ilustram bem o padrão. Em 6 de junho de 2025, um cliente relatou que recebeu uma cadeira com os braços riscados e com furos; a marca enviou braços substitutos, mas diferentes dos originais e, segundo o consumidor, também com defeito. O caso foi marcado como “Resolvido”, mas a avaliação do utilizador foi de 1/10.
Poucos dias depois, a 12 de junho, outro cliente descreveu uma secretária elevatória cujo tampo não permitia aparafusar o mecanismo devido a uma rosca mal presa. Foi prometido um tampo novo com recolha do danificado; a reclamação acabou por constar como resolvida, com avaliação de 3/10.
Em 6 de agosto, outro relato: uma mesa Alpha Gamer Zorya RGB comprada no site terá chegado sem o cabo de alimentação para a iluminação e sem o suporte de auscultadores; o consumidor disse não ter obtido resposta nos primeiros contactos, embora a situação tenha terminado como resolvida mais tarde, com 7/10 e indicação de envio de novo tampo.
Também há histórico anterior, como a queixa sobre a cadeira Atena (22 de maio de 2024), onde foram apontados problemas de estofo e ruído e ausência de resposta, ficando “Sem resolução”.
Entretanto também houve queixas relativas a produtos deste fabricante compradas na Worten.
Porque é que isto interessa a quem está a montar um setup?
Cadeiras com mecanismos de inclinação e apoios, ou mesas com elevação elétrica e iluminação, juntam mecânica e eletrónica. Quando falta uma peça, quando há folgas ou quando a eletrónica vem com defeito, a experiência degrada-se e a solução depende de um pós-venda ágil com stock de componentes compatíveis, recolhas combinadas e datas cumpridas. É aqui que vários consumidores se queixam: respostas que demoram, trocas que tardam, ou promessas de envio que não se materializam no tempo esperado.

O que fazer se te acontecer o mesmo?
Primeiro, tudo por escrito e com prova: abre ticket no site, envia e-mail e junta fotos ou vídeo do defeito. Especifica referências, número de encomenda e descreve com precisão o problema. (ex.: “rosca do tampo solta no ponto X; braço esquerdo sobe mais do que o direito”).
Define um prazo objetivo de resposta e solução. Em Portugal, a garantia legal para bens novos é de 3 anos. Como regra, a reparação ou substituição deve acontecer num prazo considerado razoável. Guias de consumo apontam 30 dias como referência prática e, se esse prazo for ultrapassado sem solução adequada, tens direito a redução do preço ou resolução do contrato (reembolso).
Se optares por reparar, cada reparação acrescenta mais 6 meses de garantia, até quatro intervenções. Em falta de resposta, usa o Livro de Reclamações (eletrónico ou físico) que obriga a resposta em 15 dias úteis. Se necessário, cria registo público adicional em plataformas como o Portal da Queixa para manter uma trilha documental sólida.
Em resumo
quem compra espera, no mínimo, conformidade com o anunciado e um apoio que resolva. Os relatos públicos mostram falhas pontuais mas repetidas na experiência pós-venda, ainda que muitos casos acabem por surgir como resolvidos. De qualquer forma as pessoas não devem ficar satisfeitas com as soluções, uma vez que classificam a empresa com 1 valor em 10 possíveis. Do lado de quem consome, a melhor defesa é método: documentação, prazos claros, invocação dos direitos na lei e escalada formal quando necessário. Entretanto do lado da marca, há espaço óbvio para melhorar. Ou seja, reduzir o tempo de resposta, garantir peças compatíveis com o que é mostrado nas fichas de produto e cumprir janelas de recolha/entrega.
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