Há muito que se discute se o carregamento rápido reduz a vida útil das baterias dos smartphones. Afinal de contas, este tipo de carregamento costuma ser mais quente, e se há coisa que as baterias não gostam é de temperaturas demasiado altas ou demasiado baixas.
Por isso, como é um tema que as marcas raramente esclarecem, um canal no YouTube decidiu fazer o trabalho sujo. Mais concretamente, a HTX Studio passou dois anos a testar 40 smartphones (iPhones e Android) com diferentes métodos de carregamento, para descobrir se os carregadores rápidos realmente danificam a bateria.
O teste mais completo de sempre sobre baterias
A experiência foi feita com seis iPhone 12 e seis iQOO 7, divididos em dois grupos.
- Uns carregavam lentamente, outros com carregadores rápidos (20W no caso do iPhone e 120W no Android).
O processo foi automatizado, com cada telemóvel a descarregar de 100% até 5%, e depois a carregar até 100%, repetidamente, durante 500 ciclos (o equivalente a um ano e meio de uso real).
Depois de todo este tempo, o resultado surpreendeu:
- iPhone 12 (carregamento lento): perdeu 11,8% de capacidade
- iPhone 12 (carregamento rápido): perdeu 12,3%
- iQOO 7 (lento): perdeu 8,8%
- iQOO 7 (rápido): perdeu 8,5%
Ou seja, as diferenças são praticamente irrelevantes. A perda natural de capacidade acontece de qualquer forma, ao depender apenas dos ciclos, e não da velocidade ou aquecimento.
E se carregares só até 80%?
O mesmo teste mostrou que, ao carregar entre 30% e 80%, o impacto é menor, independentemente da velocidade de carregamento. Mas, mais uma vez, a diferença é mínima.
Quando deves trocar a bateria?
Se o teu smartphone estiver com menos de 79% de saúde de bateria, já deves considerar a substituição. A autonomia e o desempenho não voltam ao normal sem isso.
Mas quanto ao mito do carregamento rápido? Podes ficar descansado. Os dados mostram que não há diferença significativa na degradação. Ou melhor, mostram que o verdadeiro inimigo da bateria é o tempo e não o carregador.
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