A seguradora chamou-lhe perda total? Podes estar a perder milhares de euros!

Imagina isto: um tipo não pára num STOP, destrói-te o carro, a culpa é assumida pela seguradora dele e ainda assim… quem sai a perder és tu devido à perda total. Parece surreal, mas acontece a mais gente do que imaginas em Portugal. Um condutor viu o seu carro avaliado em 21 mil euros pela seguradora, quando o mesmo modelo, com as mesmas características, não se encontra por menos de 25 mil euros. Quatro mil euros de diferença e a seguradora recusou rever o valor, mesmo depois de lhe enviarem provas com anúncios reais. O argumento? “É o valor comercial definido pelas nossas tabelas.” Mas… que tabelas são essas afinal?

A “tabela mágica” das seguradoras para a perda total

As companhias de seguros usam referências como o Eurotax ou tabelas internas de desvalorização. Em teoria, estas servem para indicar quanto “vale” um carro em função do tempo, quilometragem e categoria. Na prática, esses valores estão quase sempre abaixo do preço real de mercado, o que significa que acabas a receber menos do que precisas para comprar outro carro igual.

E é assim que muitos condutores acabam prejudicados, mesmo sem terem culpa nenhuma no acidente.

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“Perda total” não quer dizer fim de história

Quando a seguradora declara o carro como “perda total”, quer apenas dizer que o custo da reparação é demasiado alto face ao valor venal. Mas isso não quer dizer que o carro esteja irrecuperável. Muitos donos acabam por recomprar o carro sinistrado (o chamado “salvado”) e arranjá-lo por conta própria e em alguns casos até conseguem ficar com lucro.

Ainda assim, tens direito a contestar o valor proposto.

E deves fazê-lo por escrito, juntando:

  • Exemplos de carros iguais à venda (mesmo ano, versão, cor, motorização);
  • Provas de que o valor proposto não te permite comprar outro equivalente;
  • Declaração de despesas extra (como carro de substituição ou combustível).

Quando deves chamar um advogado

Muitos casos resolvem-se com uma simples carta enviada por um advogado. Basta uma notificação formal para a seguradora perceber que estás a levar o assunto a sério.
Há quem consiga rever o valor em alta, e até receber custas judiciais e compensações adicionais.

Entretanto outra alternativa é o CIMPAS (Centro de Informação, Mediação e Provedoria de Seguros), uma entidade independente que ajuda gratuitamente os consumidores em conflitos com seguradoras.

Se te acontecer o mesmo, faz isto:

  • Pede por escrito o relatório e as tabelas usadas na avaliação.
  • Compara preços reais no mercado (Standvirtual, OLX, CustoJusto, etc.).
  • Envia uma reclamação fundamentada com exemplos concretos.
  • Contacta o CIMPAS se não obtiveres resposta.
  • Consulta um advogado pode custar menos do que aquilo que estás a perder.

As seguradoras contam com o cansaço e a falta de informação dos clientes. Mas se conseguires provar que o teu carro não pode ser substituído pelo valor que te oferecem, tens todo o direito de exigir o valor justo.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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