Montar ou atualizar um PC pode ser viciante, e por isso mesmo, um passatempo caríssimo. Afinal, se tiver mesmo muito tempo, dinheiro e paciência, este é um mundo onde há sempre algo novo a instalar, desde gráficas monstruosas a processadores topo de gama.
Mas nem tudo o que parece um upgrade é realmente um bom investimento. Às vezes, gastas mais e ganhas quase nada em desempenho.
1. SSDs PCIe Gen 5? Ainda não!
Sim, são os mais rápidos do mercado, e sim, custam o dobro dos Gen 4. Mas, na prática, vais notar pouca diferença.
Um SSD PCIe 5.0 só mostra vantagem real se passas a vida a copiar ficheiros enormes ou a trabalhar com vídeo 8K. Para o comum dos mortais, a diferença é quase invisível. O sistema arranca na mesma velocidade e os jogos carregam quase igual.
Além disso, aquecem muito e podem ter uma durabilidade mais baixa devido ao stress dessa mesma temperatura.
Conclusão? Fica com um bom SSD Gen 4 de 2 TB — metade do preço e o mesmo desempenho no dia-a-dia.
2. Fontes de alimentação absurdas»
Há quem ache que uma fonte de 1600W é sinal de performance. Não é.
A verdade é que a maioria dos PCs gaming modernos chega e sobra com 750W.
Mesmo uma RTX 5090, com tudo ao máximo, só pede cerca de 1000W.
Por isso, desde que tenhas uma boa fonte, com certificação Gold ou superior, estás bem servido.
3. RAM DDR5 ultra-rápida?
O marketing é poderoso: quanto maior o número, melhor… Certo? Errado.
A diferença entre RAM DDR5 a 6000 MT/s e a 8000 MT/s é de apenas 3 a 4% em jogos. Isso se o teu sistema suportar essas velocidades.
A escolha sensata? DDR5 6000 MT/s — rápida, estável e bem mais barata.
4. “Upgrades” laterais de CPU
Trocar um Ryzen 5 7600X por um Ryzen 5 9600X parece lógico, mas não é.
Na prática, o ganho é de 3 a 4% em jogos a 1080p, e ainda menor em resoluções mais altas. Ou seja, pagas mais por um processador que te dá… uns poucos frames extra.
Por isso, a não ser que estejas a saltar várias gerações, não vale a pena trocar por algo tão próximo. Investe antes numa melhor gráfica ou num SSD maior.
5. O upgrade pelo “estatuto”
A tentação de ter o “mais recente” é grande, mas a verdade é que o melhor PC é aquele que te serve para o gasto.
Comprar hardware só porque é novo raramente é inteligente.
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