Imagina abrir o site de petições públicas e deparares-te com um pedido insólito: “Pedimos ao Estado de Israel o favor de não devolver Mariana Mortágua porque já não a podemos aturar”. Parece piada de Internet? Pois não é. A petição existe, está online e, até ao momento, já ultrapassou 24 mil assinaturas.
Como tudo começou
O caso surge na sequência da polémica detenção de Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, pelas autoridades israelitas, no âmbito da participação numa missão humanitária com destino a Gaza. O episódio gerou forte reação política em Portugal, com apelos à libertação e críticas a Israel.
Mas, paralelamente, nasceu este movimento digital com contornos de sátira política: uma petição que, em vez de pedir a devolução da deputada, pede precisamente o contrário.
A petição viral
Criada no site Petição Pública, a iniciativa usa um tom provocatório e já ganhou força nas redes sociais. O texto é curto, direto e sem rodeios: pede a Israel que “não devolva” a líder bloquista.
O resultado? Milhares de assinaturas em tempo recorde, tornando-se uma das petições mais comentadas do momento. Muitos encaram a iniciativa como humor político, outros como uma forma de protesto mais corrosiva.
Entre a sátira e a polémica
O episódio levanta várias questões:
Até que ponto petições deste género são uma forma válida de protesto político?
Estará em causa apenas humor negro, ou há uma mensagem mais profunda sobre o desgaste da figura política?
E como se cruza isto com a seriedade de uma detenção internacional, num cenário tão delicado como o conflito israelo-palestiniano?
Internet não perdoa
Seja como for, o episódio mostra como o ativismo digital e a sátira política em Portugal estão cada vez mais entrelaçados. Hoje em dia, uma petição com tom irónico pode ter tanto ou mais impacto mediático do que uma petição séria.
E se dúvidas houvesse, os números falam por si: 24 mil portugueses já assinaram o pedido para Israel “não devolver” Mariana Mortágua.
Resta saber se a polémica vai continuar a crescer ou se será apenas mais um episódio efémero alimentado pela rapidez viral da Internet.
Precisamos dos nossos leitores. Segue a Leak no Google Notícias e no MSN Portugal. Temos uma nova comunidade no WhatsApp à tua espera. Podes também receber as notícias do teu e-mail. Carrega aqui para te registares É grátis!