Quando o meu amigo João foi ao multibanco no centro da cidade, pensou que estava a fazer tudo bem: cartão no bolso, cartão no bolso. Dois dias depois reparou em movimentos estranhos na conta. Resultado? Um rombo no orçamento e a sensação de “como é que isto aconteceu?”. A resposta não foi uma fraude sofisticada. Assim foi um PIN ridiculamente previsível. Se és como a maioria das pessoas, tens um PIN fácil de decorar. E adivinhar um PIN fácil é o primeiro passo para um ladrão. Este artigo vai explicar, de forma direta quais as combinações que deves evitar a todo o custo, porquê, e como criar um PIN realmente seguro.
PINs no Multibanco que JAMAIS deves usar (e porquê)
Estes são os clássicos que os criminosos tentam primeiro. Na realidade são tão comuns que funcionam demais:
1234 / 0000 / 1111 / 2222 / 9999: sequências óbvias ou repetições; o primeiro teste de qualquer ladrão.
Datas pessoais (ex.: 0101, 3112, 1984): aniversários ou anos que são fáceis de descobrir nas redes sociais.
Últimos 4 números do telemóvel: pensas que é secreto? muitos usam o telemóvel como referência.
Sequências no teclado (ex.: 2580 a coluna do meio): assim padrões simples no teclado ATM são testados em segundos.
Alternâncias fáceis (1212, 3434): repetição com variação mínima; parece complicado, mas não é.
Número da casa, matrícula curta, ou código de trabalho: informação pública = mau PIN.
Qualquer coisa demasiado “bonita” ou simétrica: se for fácil para ti, é fácil para quem tenta.
Como criar um PIN forte (sem te tornar esquecido)
Entretanto não precisas de um PIN impossível de lembrar. Assim só de um que não seja óbvio. Segue isto:
- Assim não uses datas nem números associados a ti publicamente.
- Cria um truque mental para memorizar (ex.: pega em dois números que só tu sabes ligar e mistura-os).
- Evita padrões físicos do teclado: testa na cabeça se o PIN forma linhas ou colunas.
- Não repitas o mesmo PIN em todos os cartões: perde todo o sentido.
- Muda o PIN regularmente (uma vez por ano é suficiente) ou logo que desconfies de algo.
Um exemplo simples e memorizável: pega em dois números aleatórios (ex.: 6 e 9), junta-os com um número que não seja data (ex.: 47): 6947. É pessoal, sem ser óbvio.
Como os ladrões adivinham PINs (e o que isso significa)
Entretanto os métodos não são sempre high-tech. Muitas vezes é observação (alguém vê-te digitar), informação pública (redes sociais), ou simples tentativa e erro em caixas fora de bancos. Há também skimmers e mini-câmaras que gravam os dedos por isso cobrir o teclado ao digitar não é folclore: é obrigatório.
Truques práticos que te mantêm seguro no ATM
- Cobre sempre o teclado com a mão ou com o corpo ao digitar.
- Prefere caixas dentro de bancos ou em locais com vigilância.
- Evita usar o ATM com pessoas muito próximas.
- Verifica se o teclado está firme (peças soltas podem indicar skimming).
- Tem as notificações bancárias ativas para veres débitos em tempo real.
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