Quinta-feira, Setembro 25, 2025

As subscrições silenciosas que podem estar a roubar-te 300€ por ano

Todos os meses pagas a fatura do telemóvel, da luz e da água. Mas há um conjunto de pequenos débitos que passam despercebidos e que, no fim do ano, podem significar centenas de euros a menos na tua conta bancária: as chamadas subscrições silenciosas. São aquelas aplicações, serviços e plataformas que ativaste em algum momento, muitas vezes em período de teste gratuito, e que continuaram a ser cobradas sem te dares conta.

O problema das subscrições silenciosas

Vivemos rodeados de serviços digitais: música, filmes, armazenamento na cloud, ginásios, revistas digitais, até jogos no telemóvel. Tudo isto funciona em regime de subscrição automática. O grande truque das empresas é simples: oferecer períodos grátis de 7, 14 ou 30 dias e esperar que o utilizador se esqueça de cancelar.

Segundo um estudo da Deloitte, mais de 40% dos consumidores admitem pagar por pelo menos um serviço que já não usam.

O truque da pausa na TV que ninguém te contou (mas deviam), melhor som e imagem, streaming limites de ecrãs, séries de TV com prioridade, partilhar serviços de streaming

Exemplos mais comuns em Portugal

Plataformas de streaming como Netflix, Disney+ ou Amazon Prime. Muitos mantêm 2 ou 3 ao mesmo tempo, mesmo sem usar todas.

Armazenamento na cloud: Google One, iCloud ou Dropbox, quase sempre ativados em promoções de espaço extra.

Apps de fitness ou meditação: oferecem período grátis, mas depois renovam automaticamente.

Serviços de gaming como PlayStation Plus, Xbox Game Pass ou subscrições dentro de jogos mobile.

Jornais e revistas digitais que oferecem 1€ no primeiro mês, mas depois sobem para 10€.

Quanto dinheiro está em jogo

Parece pouco: 4,99€ aqui, 6,99€ ali. Mas quando se juntam várias subscrições, o valor dispara.

Uma app de meditação: 59,99€/ano.

Um serviço de armazenamento cloud: 19,99€/ano.

Uma plataforma de streaming que não usas: 8,99€/mês = 107,88€/ano.

Uma subscrição de jogos: 6,99€/mês = 83,88€/ano.

No total, estamos a falar de 270–300 euros anuais que muitas famílias gastam sem sequer notar.

Cartões virtuais são seguros? Só se fizeres isto antes da compra!

Como identificar as subscrições silenciosas

Em primeiro lugar consulta o extrato bancário: procura débitos automáticos de valor fixo mensal ou anual. Depois verifica nas lojas de apps (Google Play / App Store): há uma secção dedicada a subscrições ativas. Ao mesmo tempo confere no e-mail: muitas renovações enviam faturas automáticas que se perdem entre newsletters. Revê cartões virtuais: se usaste MB WAY ou cartões temporários, pode haver pagamentos esquecidos.

Como cortar e poupar de imediato

Cancela o que não usas: se não entras numa app há meses, cancela.

Alterna serviços: não precisas de ter Netflix, Disney+ e HBO ao mesmo tempo. Usa um por mês e roda.

Usa cartões virtuais: ao fim do período de teste, o cartão já não funciona e evita cobranças.

Define lembretes: coloca no calendário o fim dos períodos de teste gratuito.

Centraliza pagamentos: usar um único cartão ou conta facilita o controlo.

As subscrições silenciosas são um dos maiores inimigos da poupança moderna. Passam despercebidas porque os valores parecem pequenos, mas somados podem ultrapassar facilmente os 300€ por ano.

Precisamos dos nossos leitores. Segue a Leak no Google Notícias e no MSN Portugal. Temos uma nova comunidade no WhatsApp à tua espera. Podes também receber as notícias do teu e-mail. Carrega aqui para te registares É grátis!

Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

Últimas

Leia também

Percebemos que usas bloqueador de anúncios. Mas são os anúncios que mantêm o site gratuito e atualizado todos os dias. 🙌

👉 Desativa o bloqueador só aqui na Leak.pt e apoia o nosso trabalho.

Prometemos não te chatear com pop-ups intrusivos. 💙