Lisboa já tem Pontos de Encontro de Emergência para catástrofes

A cidade de Lisboa começou a sinalizar os primeiros Pontos de Encontro de Emergência, locais pensados para receber a população em caso de sismos, tsunamis, incêndios, inundações ou outros acidentes de grande escala. Pode parecer alarmista, mas a verdade é que estes pontos podem salvar vidas em situações de caos.

Porque é que Lisboa está a criar estes pontos de encontro de emergência?

Lisboa é uma cidade com histórico de catástrofes naturais, especialmente de sismos. O terramoto de 1755 é lembrado como um dos mais devastadores da história da Europa, e os especialistas alertam há anos para o risco de um novo abalo de grande magnitude.

Além disso, a capital está também exposta a inundações repentinas, incêndios urbanos, acidentes ferroviários ou até a possibilidade de um tsunami. Quanto mais densa a cidade fica, maior a necessidade de ter planos de evacuação organizados.

Os Pontos de Encontro de Emergência são uma resposta prática: locais sinalizados e previamente definidos para onde a população deve deslocar-se em caso de crise.

Onde estão os primeiros pontos?

A Câmara Municipal já instalou sinalética em locais como:

  • Alameda da Universidade
  • Campo Grande
  • Alameda D. Afonso Henriques

Até ao final das próximas semanas, deverão estar prontos 11 pontos, numa primeira fase. Mas o plano é muito mais ambicioso: no total, Lisboa terá 86 locais preparados para acolher pessoas em caso de emergência.

O que acontece nestes pontos?

Os pontos não são apenas “parques de espera”. O objetivo é criar espaços seguros e organizados, onde a população pode permanecer temporariamente até à chegada dos agentes de proteção civil.

Nestes locais serão coordenadas várias operações:

  • Prestação de assistência médica e psicológica.
  • Organização de evacuações para áreas ainda mais seguras, se necessário.
  • Comunicação oficial com instruções para a população.
  • Distribuição de bens essenciais em cenários de crise prolongada.
  • Ou seja, são o primeiro elo da cadeia de socorro em situações críticas.
Foto: Câmara Municipal de Lisboa

Como foram escolhidos os 86 pontos?

Os técnicos da Proteção Civil de Lisboa analisaram vários critérios antes de marcar os pontos no mapa:

  • Áreas com menor exposição a riscos imediatos.
  • Boa capacidade de acolhimento de grandes grupos de pessoas.
  • Acessibilidade para veículos de emergência.
  • Estado de conservação e segurança do espaço envolvente.
  • Presença de áreas abertas que reduzem riscos de desabamento de edifícios próximos.

É um planeamento que procura antecipar os piores cenários e oferecer zonas de refúgio acessíveis e eficazes.

Vantagens para a população

A grande vantagem destes pontos é a clareza em momentos de pânico. Quem já viveu situações de emergência sabe que, muitas vezes, a maior ameaça é a confusão e a falta de informação.

Em caso de sismo, evita que as pessoas se mantenham dentro de edifícios em risco de ruir.

Num tsunami, canaliza a população para áreas seguras, afastadas da frente ribeirinha.

Durante incêndios ou explosões, ajuda a concentrar vítimas e socorristas em locais pré-definidos.

É também uma forma de educar a cidade: saber que existem pontos sinalizados aumenta a sensação de preparação e pode salvar vidas quando cada segundo conta.

Devemos ter medo?

Entretanto a criação destes pontos não significa que uma catástrofe esteja iminente. Pelo contrário: mostra que a cidade está a preparar-se melhor para riscos inevitáveis.

Especialistas lembram que Lisboa tem de aprender com exemplos recentes:

  • Sismos em Itália e na Turquia mostraram como cidades densas podem ficar devastadas.
  • Cheias repentinas na Europa apanharam milhares de pessoas desprevenidas.
  • Incêndios urbanos continuam a ser uma ameaça real em zonas históricas.

Assim ter espaços seguros preparados e identificados é uma medida preventiva, tal como os exercícios de evacuação em escolas ou empresas.

E se acontecer mesmo?

Se algum dia Lisboa enfrentar uma catástrofe de grande escala, estes pontos vão tornar-se o destino natural da população. A recomendação das autoridades será simples: procura o símbolo verde de “Ponto de Encontro” e dirige-te para lá.

Lá, encontras segurança, apoio e organização. Ou seja, três elementos essenciais para lidar com o caos de uma emergência.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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