Se já marcaste algum número para fora do país, sabes bem: o nosso prefixo internacional é o +351. Mas a pergunta que talvez nunca fez é… Porque razão Portugal ficou com três dígitos, quando muitos vizinhos da Europa Ocidental têm apenas dois?
A lógica por trás dos códigos!
Os indicativos internacionais foram definidos pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) nos anos 60 e 70. Estamos a falar de um plano que dividiu o mundo por blocos:
- 3 e 4 ficaram reservados para a Europa.
- Cada país recebeu um número dentro desse espaço, mas a quantidade era limitada.
Se todos os países europeus tivessem apenas dois dígitos (30 a 49), esgotavam-se rapidamente. Por isso, muitos países tiveram de receber três dígitos. Foi a solução para acomodar todos.
O caso português? Chegámos tarde!
A Espanha ficou com o +34 logo no início, mas Portugal entrou mais tarde no sistema e teve de ficar com uma combinação de três dígitos: +351. Não foi por sermos “Europa de Leste” ou “país pequeno”, mas sim porque os números de dois dígitos já estavam em grande parte atribuídos.
A título de curiosidade, vários países europeus também têm três dígitos:
- Irlanda – +353
- Luxemburgo – +352
- Finlândia – +358
- Islândia – +354
- Gibraltar – +350
- Andorra – +376
Ou seja, não estamos sozinhos.
Coincidência curiosa
Há quem brinque com o facto de o Monte Pico nos Açores ter 2351 metros, acabando nos mesmos dígitos do nosso código. Claro que não é por isso que ficámos com o número, mas dá sempre aquele ar de coincidência simpática.
Conclusão
Portugal ficou com o +351 simplesmente porque não havia espaço para todos nos códigos de dois dígitos. Foi uma questão prática e de logística internacional. No fim, até nos correu bem: é fácil de decorar, soa distinto e, curiosamente, até tem uma ligação indireta à montanha mais alta do país.
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