Ainda te lembras quando os toques polifónicos eram luxo. Parece que foi ontem, mas isto foi uma febre dos anos 2000. Saudades!
Estamos a falar de uma época em que, se porventura quisesses mesmo personalizar o teu telemóvel, tinhas quase sempre de fazer malabarismos. Quem se lembra de gastar saldo em toques e imagens para o telemóvel? No início dos anos 2000, antes dos smartphones e do Spotify, ter um toque polifónico ou uma imagem personalizada era sinal de estatuto.
Tens saldo para um toque polifónico? Ainda te lembras?
Bastava abrir uma revista ou ligar a televisão para sermos bombardeados com anúncios coloridos do Clube Jamba ou de outros serviços semelhantes.
O modelo era simples mas, se formos olhar para os preços, um “roubo“. Pagava-se 2€ por um toque ou, pior ainda, ficava-se preso a subscrições semanais de 4€/semana que eram quase impossíveis de cancelar.
Se calhar já não se lembra, mas houve quem gastasse pequenas fortunas em serviços destes, muitas vezes sem sequer perceber que estava a pagar por algo recorrente.
Criatividade à moda antiga
Nem todos caíam na armadilha.
Os mais desenrascados descobriam formas “criativas” de contornar o sistema: copiavam manualmente os códigos dos toques para os Nokia da altura, partilhavam wallpapers via infravermelhos no intervalo das aulas, ou usavam programas como o LogoManager para editar os píxeis do ecrã e substituir o nome da operadora por um desenho minimalista.
Não era como agora, em que tudo era quase imediato. Mas era de graça.
Crazy Frog, Tribalistas e os alertas de golos no futebol!
Havia verdadeiros clássicos dessa era: o Crazy Frog invadiu meio mundo com o seu toque, os Tribalistas dominavam os tops portugueses, e até havia quem pagasse por “alertas de golos” que muitas vezes chegavam com 15 minutos de atraso.
Um negócio redondo para as operadoras e serviços de conteúdos móveis, mas um pesadelo para muitas famílias que viam a fatura ou o saldo desaparecer misteriosamente.
Sabe o mais curioso?
O mais curioso é que, passadas duas décadas, quase ninguém usa o telemóvel com som ligado. Hoje, entre notificações constantes e mensagens, a maioria prefere o silêncio ou mantém o toque padrão sem lhe ligar grande importância. A febre dos toques polifónicos passou e… Tudo mudou.
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