O Nothing Phone (3) foi anunciado com pompa e circunstância, mas depressa começou a gerar críticas… Com razão! O design assimétrico do módulo de câmaras, a escolha estranha do ecrã traseiro, isto em conjunto com o preço elevado para o que oferece, criou um misto de frustração e desilusão entre quem esperava mais de uma marca que prometia abanar o mercado.
Mas e se te disser que foi tudo de propósito?
Nothing Phone (3): as críticas eram o plano desde o início!
Óbvio que nada disto está confirmado, e como é óbvio, nunca vai estar. Mas… Acredito que a Nothing sabia exatamente o que estava a fazer. Carl Pei não é ingénuo. Depois de dois smartphones bem recebidos, mas que nunca conseguiram sair verdadeiramente da bolha dos tech nerds, era preciso mais. Era preciso barulho. O Phone (3) conseguiu isso. Talvez até mais que isso.
Bem ou mal, a realidade é que nunca se falou tanto da Nothing como agora.
O foco nunca foi agradar a todos… Ou a ninguém.
O Phone (3) podia ter seguido o caminho seguro: chip de topo, design refinado, melhorias pontuais. Mas isso seria mais um Android no meio de tantos.
Mas o objetivo era gerar conversa. Chocar. Obrigar o público a olhar duas vezes. Mesmo que fosse apenas e só para dizer mal.
A crítica fácil é dizer que a Nothing se perdeu. Mas talvez o plano fosse mesmo virar o jogo mediático a seu favor. Porque enquanto muitos falam da falta de evolução ou da falta de bom gosto, a verdade é que o Phone (3) está em todas as conversas sobre smartphones.
Isso, para uma marca que vive de comunidade e hype, e que ainda está em crescimento, vale ouro.
A Apple também irrita… de propósito
Se isto te soa familiar, lembra-te… A Apple faz isto há anos! Remove portas, mantém designs, força hábitos. Mas… sabe que vai gerar ondas de choque. Cada crítica gera exposição. Cada “ódio” alimenta o ciclo de atenção. A Nothing aprendeu bem essa lição e aplicou-a à sua escala.
Se vai funcionar? Ainda é cedo para dizer.
Mas uma coisa é certa: o Phone (3) colocou a Nothing debaixo dos holofotes como nunca antes. Talvez seja isso que mais nos irrita: perceber que a provocação foi pensada. Que fomos todos apanhados no jogo. E que, de certa forma, a Nothing ganhou.
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