Quarta-feira, Julho 9, 2025

Redmi Pad 2: Um tablet que parece caro mas é barato

O mercado de tablets é muito complicado, sendo exatamente por isso que várias fabricantes de renome já arrumaram a trouxa e foram para uma consulta do médico às 17h da tarde.

Mas, no meio da confusão, é possível encontrar a Xiaomi a prosperar. Especialmente quando se olha para o Redmi Pad, ou melhor, para o novo Redmi Pad 2.

Redmi Pad 2: Um tablet que parece caro mas é barato

Portanto, o Redmi Pad original já foi uma boa surpresa, mas a Xiaomi resolveu dar-lhe um empurrão com esta segunda geração.

Por isso, o novo Redmi Pad 2 chega com um design elegante, melhorias onde fazia falta, e acima de tudo, um preço que não assusta ninguém. Estamos a falar de um tablet que começa a partir dos 199,99€. Sim, é um tablet mais barato que as ofertas recentes da SPC, uma fabricante muito focada na qualidade-preço, especialmente na gama mais baixa.

Sim, a Xiaomi está a oferecer um tablet competente a um preço justo, fazendo undercut a marcas que normalmente reinam a gama ultra-baixa em Portugal. Claro que não é perfeito, mas temos de ser mesmo muito honestos. Em 2025, dentro deste segmento, é difícil pedir muito mais.

Design e construção: acima da média

Se há coisa que a Xiaomi sabe fazer, é dar um ar premium a gadgets que custam “pouco” dinheiro.

Dito isto, o Redmi Pad 2 mantém a estética simples mas cuidada do modelo anterior, com linhas direitas, cantos arredondados e um corpo em metal que lhe dá não só estilo como robustez. É fino, leve (516 g) e confortável de segurar. Mas, continua a ser meio kg nas mãos de uma pessoa, e como tal, passado algum tempo começa a pedir um apoio de mesa ou capa.

Ainda assim, uma coisa é inegável. Este é um tablet que tanto fica bem em cima da mesa de um executivo como nas mãos de uma criança a ver desenhos animados ou a desenhar. Isto porque o acabamento em metal ajuda a esconder o facto de ser um produto mais acessível, e é aqui que encontramos toda a diferença. É curioso, mas o que antes era plástico barato, agora aparece em metal, e engana até os mais atentos.

Ecrã e som: Decente!

A Xiaomi apostou num painel LCD de 11” com resolução 2.5K, 90 Hz de taxa de atualização e brilho até 600 nits. A imagem é nítida, as cores são agradáveis e dá para usar no exterior sem grandes malabarismos com o ângulo de visão.

Mas, sendo um tablet caro, vai notar algum “bleed” à volta do ecrã, especialmente nos cantos. Ainda assim, para ver séries das apps de streaming, vídeos no YouTube ou navegar nas redes sociais, cumpre sem quaisquer problemas.

O som é talvez uma das maiores surpresas! Quatro colunas com suporte para Dolby Atmos, sem distorções mesmo no volume máximo. Há ainda entrada de 3,5 mm para auscultadores, algo que começa a desaparecer mas continua a fazer toda a diferença para quem não vive só de Bluetooth.

Desempenho? Decente!

Debaixo do capô, temos o Helio G100 Ultra, 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento.

Não é incrível, e como tal, não vai obviamente correr jogos pesados, ou vai fazer muito multitasking. Mas também não era suposto ser um tablet super poderoso. Este tablet lida bem com multitasking leve, streaming, apps sociais e jogos casuais. Para um tablet de entrada, é um desempenho muito interessante que não envergonha.

Dito isto, corre o HyperOS 2 baseado em Android 15, ou seja, está bastante atualizado e promete receber vários anos de atualizações. A experiência é limpa, rápida, mas ainda vem com algum bloatware típico da Xiaomi. Nada que não se resolva com cinco minutos a desinstalar o que não interessa.

Bateria e carregamento? Autonomia cumpre, o carregamento é que nem tanto.

A bateria de 9000 mAh garante vários dias de uso para aquilo que é o uso normal de um tablet nos dias que correm. Vai conseguir 10~12 horas de séries e filmes sem grandes dificuldades.

O único problema? O carregamento com fios de 18W é lento para o ano de 2025. São precisas mais de 3 horas para chegar aos 100% se deixar o tablet descarregar por completo.

Felizmente, o carregador ainda vem incluído.

Extras que contam

Durante o teste, usamos também a capa oficial e a Redmi Smart Pen. A caneta funciona muito bem, é precisa e responde de forma rápida, ideal para notas rápidas ou até algum desenho mais casual. Porém, não existe um lugar próprio para a guardar no tablet ou na capa. Uma falha estranha.

A capa é funcional, sendo um design mais tradicional mas que hoje em dia é raro. Mantém o tablet protegido e serve de suporte.

Veredicto final: Incrível como primeiro tablet, ou algo para desenrascar em viagens!

O Redmi Pad 2 não quer competir com os iPads ou tablets premium da Samsung. Quer ser um tablet acessível, robusto, bonito e fiável. Conclusão? Acerta em cheio. É ideal como segundo ecrã, para consumo de conteúdos, tarefas básicas e até para os mais novos lá de casa.

O desempenho cumpre, a autonomia é boa, o som surpreende e o ecrã é decente.

Por 200€ está muito bom.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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