Ainda te lembras da Alcatel? Nunca teve o peso de uma Nokia ou Motorola, mas é um nome com peso no mundo dos telemóveis. Mas, se ainda te lembras mesmo muito a sério, estás no grupo restrito de pessoas que compraram ou pelo menos viram um telemóvel da marca nos últimos dez anos.
A verdade é que a Alcatel desapareceu do radar sem grande alarido, e pelos vistos… ninguém deu por isso.
A última vez que ouvimos falar dela?
A marca lançou o seu último smartphone em 2022. Desde então? Silêncio absoluto. Nada de novos modelos, nada de atualizações significativas. Enquanto isso, o Android já vai na versão 15… e o último Alcatel andava ali preso no Android 11.
A resposta é TCL (mas não só)!
A razão para este desaparecimento é simples: a TCL deixou cair o nome Alcatel.
Durante anos, a marca chinesa TCL licenciou o nome Alcatel para vender smartphones de gama baixa. Eram telemóveis baratos, simples, feitos para quem precisava de algo funcional e acessível. Mas em vez de continuar a usar esse nome, a TCL decidiu focar-se na sua própria identidade.
Isto porque, na prática, os Alcatel que víamos nas lojas já eram TCL com outro nome. Agora são só TCL mesmo.
Nada de misterioso aqui, apenas uma jogada comercial para uniformizar a marca.
Mas a Alcatel “verdadeira” ainda existe?
Sim e não.
A antiga Alcatel-Lucent foi comprada pela Nokia em 2016, mas esse negócio dizia respeito à parte das telecomunicações e equipamentos de rede. Nada de smartphones. E para baralhar ainda mais, existe a Alcatel-Lucent Enterprise, uma divisão separada que hoje pertence à gigante chinesa Huaxin e que continua a produzir soluções empresariais, porém sem qualquer ligação ao mundo dos smartphones.
Portanto, os telemóveis Alcatel nunca foram feitos pela Alcatel original nos últimos anos. Eram fruto de outros acordos empresariais.
E a TCL? Como está?
Começou muito bem, com grandes apostas na altura dos TCL 10 e TCL 20. Mas, desde aí, a aposta tem vindo a cair, com a fabricante Chinesa muito mais focada na gama de entrada e gama média.
O que é uma pena!
Porque existe de facto muito potencial para fazer coisas de grande qualidade no mercado. O problema é que o mercado parece estar cada vez mais pequeno. O investimento necessário para chegar aos holofotes pode acabar por não compensar a médio-longo prazo.
Conclusão?
A Alcatel desapareceu. Ou melhor, foi discretamente absorvida pela TCL, e a verdade é que ninguém reparou. Uma marca que já foi sinónimo de entrada no mundo dos smartphones, hoje está no baú das memórias tecnológicas.