Nos últimos dias, muitos têm sido os rumores de que a Apple poderá estar a planear abandonar os processadores da Intel nos seus computadores Mac! No entanto, em boa verdade, estamos a falar de um plano que já foi posto em prática em 2015, e que deverá ficar completamente implementado em 2023~2024.
Afinal de contas, tudo começou com o lançamento do chip T1 e posterior lançamento do chip t2 em vários modelos de portáteis MacBook. E claro está, toda a estratégia deverá ser testada em 2021, com o lançamento de um MacBook de entrada de gama, baseado num processador ARM.
Porquê um MacBook de gama baixa?
A ideia da Apple com o lançamento deste MacBook ‘budget’, é basicamente chamar os seus fãs para o seu novo produto, para basicamente provar que o ARM é mesmo o futuro da marca. Ou seja, resumidamente, é o que as imobiliárias fazem com o ‘Andar Modelo’, para tentar convencer os clientes a comprar um novo apartamento. Nesta caso, o apartamento é um novo portátil MacBook!.
A Apple vai abandonar a Intel! Como e porquê!?
Portanto, apesar de serem ainda rumores, é muito provável que a Apple mude de CPUs para os seus próprios produtos baseados na arquitetura ARM. Um passo completamente natural para a empresa para dizer a verdade, especialmente porque a Apple nunca foi muito fã de usar processadores Intel.
Porquê mudar de arquitetura?
Caso não saiba, a Apple já trocou de arquiteturas de processadores duas vezes na sua história. Primeiramente do Motorola 68k para o PowerPC, e posteriormente do PowerPC para Intel nos anos 2000. Porquê outra mudança agora? A resposta é simples, a Apple odeia estar dependente dos timings da Intel!
A Intel tem feito um trabalho bastante aquém da sua reputação nos últimos anos, falhando completamente o seguimento da sua estratégia de lançamentos ‘Tick-Tock’, em que basicamente temos um produto completamente novo de 2 em 2 anos, com um ‘refresh’ pelo meio. Aliás, neste momento, é fácil dizer que a Intel está atrás da AMD no mercado tradicional de consumo, ao apresentar uma eficiência energética mais baixa, menos núcleos, menos threads, etc…
Ao abandonar a Intel de uma vez por todas, a Apple irá ganhar liberdade!
Que liberdade é esta? Estamos a falar dos calendários de lançamentos da Intel, que têm sido um pouco imprevisíveis, isto sem sequer falar do facto da produção estar em níveis lastimáveis. (Basta ler as declarações de parceiras como a HP e Lenovo, que culparam a Intel pela queda dos lucros do ano passado.)
Além disto, a Apple também ganha também a liberdade de inovar no design dos seus chips, o que por sua vez, possibilita designs de portáteis completamente diferentes, não sendo necessário adaptar as máquinas ao que a Intel tem para oferecer. E claro, com o controlo do hardware e software, a Apple pode optimizar ainda mais o seu macOS, exatamente da mesma maneira que tem feito no iOS e iPadOS.
Por fim, temos ainda uma outra razão super apelativa para a fabricante… Um ecossistema unificado, com todos os produtos baseados na mesma arquitetura ARM!
Conclusão
É seguramente uma decisão arriscada da Apple, mas que na verdade tem tudo para dar frutos! Especialmente se a empresa for capaz de escalar a performance dos processadores que tem vindo a usar nos seus tablets e smartphones. Ao fim ao cabo, o mais recente SoC dos iPhones e iPads já mete alguns processadores Intel mobile no bolso!
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.