Quando voltas ao 3G… Parece que voltaste à idade da pedra!

Não foi assim há tanto tempo que o 5G chegou pela primeira vez a Portugal, uma das regiões Europeias onde a coisa de facto demorou mais tempo. Mas … A realidade é que nos dias que correm, o 5G é mais do que um luxo. É uma necessidade real!

Pode parecer mentira, mas com o avançar do tempo, o 3G começou a ser (quase) inútil, e por vezes, já se começa a notar a falta de qualidade do 4G em situações um pouco mais exigentes. Algo bastante estranho, porque quando o 5G chegou a Portugal, é muito provável que nenhum utilizador tenha sentido uma diferença real no uso do dia-a-dia.

Quando voltas ao 3G… Parece que voltaste à idade da pedra! Também vai acontecer com o 4G?

de que cor é o seu smartphone? vai depender do tempo!

Se não acreditas faz o teste: desliga os dados móveis por uns segundos e volta a ligá-los quando a cobertura está fraca. O mais provável é que o ícone lá em cima no ecrã diga “3G”… e o que vem a seguir é uma lição de humildade digital.

Feliz ou infelizmente, a verdade é esta: quando o sinal desce para 3G, parece que ficaste sem internet.

As páginas não carregam, as apps ficam paradas, o YouTube não arranca, e nem as mensagens do WhatsApp querem sair ou entrar. No entanto, não foi assim há tanto tempo que chegava para tudo, ou para pelo menos quase tudo.

Velocidades? Eis o que realmente separa o 5G das gerações anteriores?

Para perceber melhor o porquê desta diferença abismal, basta olhar para as velocidades teóricas e reais de cada geração de rede móvel:

2G (GPRS/EDGE)
  • Teórico: até 384 Kbps com EDGE (mas GPRS ficava por volta dos 80–100 Kbps)
  • Real: entre 30 e 100 Kbps, dependendo do estado da rede
  • Dava para: chamadas, SMS, MMS, e-mails simples e sites ultra leves
3G (UMTS/HSPA+)
  • Teórico: até 42 Mbps (com HSPA+)
  • Real: 2 a 10 Mbps
  • O que dava para fazer? Navegar razoavelmente, ouvir música em streaming, ver vídeos em qualidade baixa ou média. Na altura era rápido, hoje é insuficiente.
4G (LTE)
  • Teórico: até 1 Gbps
  • Real: 30 a 150 Mbps (em boas condições)
  • O que dá para fazer? Tudo. Streaming em 4K, jogos online, chamadas em vídeo HD, uploads rápidos para a cloud. Foi um salto gigante.
5G (Sub-6 GHz e mmWave)
  • Teórico: até 10 Gbps
  • Real: 200 Mbps a 1 Gbps (em Sub-6) e até 3 Gbps (em mmWave, onde disponível)
  • O que muda? Latência ultra baixa, velocidades absurdas, resposta quase instantânea. Ideal para cloud gaming, realidade aumentada e tudo o que ainda está por vir.

O 5G é o novo mínimo aceitável? 

Ainda não, mas o futuro é isto mesmo. Andar para a frente.

O nível de exigência dos consumidores continua a aumentar, os smartphones também estão cada vez mais poderosos e cada vez mais capazes de apresentar conteúdo de qualidade quase absurda.

Em suma, isto significa dados… Muitos dados. Aliás, já não queremos só cobertura. Queremos cobertura rápida.

É interessante, mas a cobertura de rede já não se mede apenas por ter sinal. Mede-se por ter sinal que funcione como deve ser. Porque se o teu telefone está a mostrar 3 traços, mas diz “3G”, o teu cérebro já sabe que é melhor esperar ou procurar uma rede Wi-Fi.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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